“Em terceiro lugar, a incorporação desse instrumento reforça a capacidade dissuasória da Marinha do Brasil no âmbito internacional, mediante ampliação do seu prestígio, mas também desencorajando ações predatórias nas águas jurisdicionais brasileiras”, afirma Silva.
“Para cumprir esses objetivos políticos, a Marinha do Brasil desenvolveu uma estratégia naval baseada na negação do uso do mar mediante dissuasão. Por sua vez, para inibir atitudes ameaçadoras e de agressão, é necessário fortalecer a capacidade dissuasória, sobretudo dotando o poder naval de meios modernos, bem equipados e em estado de prontidão”, destaca.
“Para aumentar a capacidade de resposta do Brasil, esse sistema também poderá ser integrado aos demais meios de defesa, como radares e o Sistema de Gerenciamento da Amazônia Azul [SisGAAz].”
“O Brasil produz alguns sistemas de defesa, alguns equipamentos de defesa, mas a maior parte das tecnologias e dos componentes que são usados para produzir equipamentos ou sistemas é importada. Depende de vários países. Além disso, o Brasil há décadas tem dado prioridade […] a comprar produtos de defesa prontos, vindos do exterior”, afirma.
“Alguns países como a China, por exemplo, já desenvolveram mísseis com alcance muito maior, mísseis antinavio com alcance muito maior […]. Eu achava que o Brasil já deveria estar investindo no desenvolvimento desse tipo de tecnologia, porque o Brasil não terá condição de enfrentar uma esquadra poderosa usando seus próprios navios.”
“Você precisa de navios de monitoramento, você precisa acompanhar o que está acontecendo e você precisa de navios de patrulha, que são muito mais baratos e suficientes para se impor a qualquer pessoa que tente fazer uso indevido dessas áreas. Se chegar ao ponto de um conflito, o MANSUP não é para proteger a Amazônia Azul, é para ser usado no combate contra um tipo de ameaça, e vai depender do tipo de ameaça também”, explica.
Fonte: sputniknewsbrasil