Mais de 80% dos leitores são contra a volta do horário de verão defendida pelo governo


Resultado de enquete com leitores da Gazeta do Povo, que esteve no ar do dia 13 ao dia 25 de setembro, aponta que 81% dos participantes são contra a volta do horário de verão defendida pelo governo Lula.

Ao todo, 2.638 leitores participaram da enquete. Apenas 501 participantes (19%) disseram concordar com o retorno do horário de verão.

A volta do horário de verão tem sido prioridade na pauta do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, que já disse ter a sinalização positiva do presidente Lula (PT).

Na segunda-feira (23), o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) recomendou e o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) aprovou a volta do horário de verão para reduzir o consumo de energia no país.

A redução de custos está relacionada ao fato de que o eventual retorno do horário de verão reduziria a dependência de termelétricas. Com isso, haveria economia de gastos com os combustíveis utilizados por esse tipo de usina, como gás natural, óleo combustível, óleo diesel e carvão.

Além disso, de acordo com o ONS, o país economizaria R$ 1,8 bilhão (ao longo de um ano) ao dispensar a contratação de energia de reserva para suprir a demanda.

“Tomando como base as receitas dos empreendimentos vencedores do Leilão de Reserva de Capacidade realizado em 2021 e uma redução estimada em cerca de 2 GW na ponta de carga devido à aplicação do horário de verão, estima-se uma economia anual, em termos de pagamento de receita fixa aos empreendimentos vencedores do leilão, de cerca de R$ 1,8 bilhões por ano”, disse o ONS em nota técnica.

Decisão final caberá a Lula

Silveira disse que vai levar a recomendação do ONS ao presidente Lula, a quem cabe a decisão final sobre o tema.

Se Lula aprovar o horário de verão, será via decreto e começará a valer, no mínimo, 30 dias após a publicação do decreto. 

Silveira estima que a decisão deve sair dentro de 10 dias. O horário de verão foi extinto em 2019 após estudos do Ministério de Minas e Energia, na época, concluírem que não havia redução de consumo no período.

Fonte: gazetadopovo

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