Maduro confirma presença em reunião com Guiana para discutir Essequibo


O encontro, apoiado pelo presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e pelo primeiro-ministro de Dominica, Roosevelt Skerrit, busca abordar diretamente a disputa territorial na região de Essequibo.
Em uma carta enviada pelo presidente Maduro a Gonsalves, o líder venezuelano agradeceu à Comunidade do Caribe por considerar a solicitação de diálogo direto, destacando a importância de preservar a zona de paz na região.
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, discursa durante a COP27 - Sputnik Brasil, 1920, 09.12.2023

Maduro expressou seu apoio à iniciativa proposta e participou do encontro com um mandato claro do povo venezuelano, que recentemente participou de um referendo consultivo, em 3 de dezembro.
No referendo, a população venezuelana reafirmou seu repúdio aos limites estabelecidos no laudo arbitral de 1899 e apoiou a via do acordo de Genebra de 1966 como caminho para resolver a controvérsia. Além disso, reafirmou a posição histórica da Venezuela de não reconhecer a jurisdição compulsória da Corte Internacional de Justiça (CIJ).
Maduro destacou que a imposição da Corte viola o princípio de consentimento mútuo e se torna um fator de ameaça à situação. O líder venezuelano também apontou a postura arrogante e ilegal da Exxon Mobil, beneficiária de concessões petrolíferas em uma área marítima não delimitada na região, contrariando o direito internacional.
Comandante do Comando Sul dos EUA (USSOUTHCOM), general Laura Richardson durante cerimônia de encerramento dos exercícios militares Tradewinds 23, realizados na Guiana e liderados pelos EUA, em 27 de julho de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 07.12.2023

O encontro entre Venezuela e Guiana será uma oportunidade para abordar as ameaças à paz e estabilidade na região. Maduro mencionou a preocupação com a presença do Comando Sul dos Estados Unidos no território em questão, contradizendo a aspiração de manter a América Latina e o Caribe como uma zona de paz, livre de interferência externa.
O presidente expressou seu compromisso com o diálogo, buscando restabelecer os princípios de convivência pacífica entre ambos os países.
“Acolho o diálogo direto, cara a cara. Sempre foi a minha proposta, porque acredito no diálogo, na conversa sincera, na compreensão e na convivência pacífica entre os povos e nações. Participarei do encontro devido a um mandato do meu povo. A Venezuela vencerá!”, publicou no Twitter.
O encontro está marcado para a próxima quinta-feira (14).

Fonte: sputniknewsbrasil

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