No domingo (3), os venezuelanos votaram em um referendo para reivindicar a soberania sobre Essequibo, um território rico em petróleo disputado entre a Venezuela e a Guiana desde o século XIX. Mais da metade dos eleitores venezuelanos elegíveis, ou 10,55 milhões de pessoas, participaram do referendo, e todas as cinco questões em votação obtiveram 95% de apoio público, conforme informado pelo Conselho Nacional Eleitoral.
“Que ninguém tenha dúvidas de que este é um mandato popular obrigatório, que marcou o início de uma nova etapa na luta pela nossa Guiana-Essequibo, para a qual temos um plano, um conceito, uma visão […] para mostrar uma grande unidade nacional de todos os setores políticos, partidários, sociais, culturais, espirituais, empresariais, todos os movimentos sociais das forças populares, a grande união nacional, a poderosa união do povo e do exército”, disse Maduro durante a cerimônia de recepção dos resultados oficiais do referendo em Caracas, transmitida pela VTV.
Ontem, 00:16
As perguntas eram:
Você concorda em rejeitar, por todos os meios compatíveis com a lei, a linha imposta fraudulentamente à sentença arbitral de Paris de 1899, que visa privar-nos de nossa Guiana-Essequibo?
Você apoia o Acordo de Genebra de 1966 como o único instrumento jurídico válido para alcançar uma solução prática e satisfatória para a Venezuela e a Guiana em relação à controvérsia sobre o território da Guiana-Essequibo?
Você concorda com a posição histórica da Venezuela de não reconhecer a jurisdição da Corte Internacional de Justiça para resolver a controvérsia territorial sobre a Guiana-Essequibo?
Concorda em opor-se, por todos os meios legais, à reivindicação da Guiana de dispor unilateralmente de um mar pendente de delimitação, ilegalmente e em violação do direito internacional?
Você concorda com a criação do estado Guiana-Essequibo e o desenvolvimento de um plano acelerado para o atendimento integral da população atual e futura desse território, que inclui, entre outros, a concessão de cidadania e carteira de identidade venezuelana, de acordo com o Acordo de Genebra e o direito internacional, incorporando consequentemente esse estado no mapa do território venezuelano?
Fonte: sputniknewsbrasil
