Luva de Pedreiro ainda tem R$ 5,1 milhões a pagar em ação de Allan Jesus


Luva de Pedreiro ainda tem R$ 5,1 milhões a pagar em ação de Allan Jesus

SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Mesmo anunciando a interrupção da carreira, o influenciador Iran Santana Alves, o Luva de Pedreiro, ainda tem compromissos a cumprir não só com as empresas com as quais mantém contrato, mas também com a Justiça. No processo movido pelo ex-empresário dele, Allan Jesus, é preciso fazer depósitos mensais em juízo que atinjam os R$ 5,2 milhões de multa rescisória pelo rompimento do contrato entre as partes. O valor em aberto no momento é de R$ 5.122.869,02.


Segundo prestação de contas feita à Justiça, Luva de Pedreiro recebeu R$ 257,1 mil em julho e agosto. Logo, já fez dois repasses mensais, correspondentes a 30% dos seus ganhos totais. O primeiro foi de R$
31.098,43, feito no começo de agosto, referente ao valor que entrou na conta em julho: R$ 103 mil, remetidos pelo próprio Allan, via ASJ Consultoria, fruto de contratos como o da Amazon Prime.

O segundo depósito foi de R$ 46.032,55. Esse valor foi resultado do percentual dos R$ 100 mil que Falcão paga mensalmente ao Luva de Pedreiro e mais R$ 53.441,85 da parcela vinda da empresa de Allan Jesus.

Além da Amazon, a parceria com a ASJ rendeu ao Luva de Pedreiro um contrato com a Pepsi. Depois de assinar com os gestores atuais -Falcão, ex-jogador de futsal, Marcelo Seiroz e Mozyr Sampaio-, o influenciador fechou com a Adidas em um vínculo de 18 meses e já estava gravando outros comerciais. Até a prestação de contas mais recente, o pagamento da fornecedora de material esportivo não tinha se concretizado.

O dinheiro depositado em juízo não vai de imediato para Allan Jesus. Isso só acontecerá se no julgamento do mérito a Justiça der razão ao empresário no processo aberto após o rompimento contratual por parte do Luva. O vínculo entre as partes foi assinado em fevereiro e deveria durar quatro anos. Quatro meses depois, Iran decidiu mudar a gestão da carreira, com a empresa de Falcão.

Os advogados de Iran tentaram derrubar a determinação judicial de repasse dos 30%. Caso tivessem esse pedido negado, queriam pelo menos que o percentual fosse descontado só dos contratos firmados na gestão Allan Jesus. Mas ontem (13) o lado do influenciador teve mais uma derrota: o recurso foi negado em segunda instância. Assim, a cobrança em juízo se mantém, envolvendo tudo o que cair na conta do Luva de Pedreiro.

Na decisão mais recente, o desembargador Gabriel de Oliveira Zefiro pontuou que a decisão só poderia ser mudada –Considerando jurisprudência anterior do Tribunal de Justiça do Rio– se houvesse algo contrário à lei ou mediante uma evidente prova nos autos que o levasse a derrubar a liminar.

Ao anunciar ontem que não faria mais vídeos, Iran pelo menos disse que cumpriria seus compromissos contratuais já acertados. Isso evitaria a ruptura dos contratos e asseguraria o recebimento do dinheiro já previsto. Mas pode inviabilizar novos acordos. Os empresários atuais enxergam o Luva em um momento de cansaço pelo excesso de trabalho.

E A MONETIZAÇÃO?

No processo, os advogados do Luva de Pedreiro afirmaram que Allan Jesus deixou de repassar US$ 36.256,69 (R$ 188,1 mil) referentes à monetização do canal do YouTube. A defesa do empresário, por sua vez, alega que o dinheiro não foi recebido logo de cara porque era preciso criar uma empresa e um CNPJ para emissão das notas fiscais. De acordo com os advogados de Allan, o dinheiro da monetização está sendo repassado a Iran junto com os rendimentos dos demais contratos.

Pelo acordo firmado em fevereiro, Allan tem direito a 50% da verba dos acordos comerciais do Luva de Pedreiro. Ao romper com o empresário anterior, o influenciador alegou que ainda vivia em “condições precárias” (referindo-se à casa em Quijingue, no interior da Bahia) e reclamou que Allan “tinha intenso controle dos aspectos privados e dos acessos às redes sociais”.

No processo, os advogados do Luva alegam também que Iran é analfabeto funcional, inexperiente em relação aos aspectos comercial e empresarial inerentes à atividade de influenciador do porte que ele alcançou. Por isso, tentam se desvincular da multa rescisória de R$ 5,2 milhões. Na primeira audiência de conciliação, Allan Jesus pediu R$ 20 milhões para encerrar o caso. Não houve acordo e o processo segue em trâmite na Justiça do Rio.

Anteriores Não se meta com as pessoas destes signos… São muito rabugentas!
Próxima Inscrições para os cursos ofertados na 2ª Edição do ‘Qualifica Mulher’ estão abertas