Lula: se Bolsonaro puder se candidatar, ‘se for comigo, vai perder outra vez’


“[…] primeiro aguardem o julgamento, se defendam, vai ter uma condenação ou não. Vocês vão ter o direito de se defender, haverá o direito de defesa — que nunca houve para mim, para eles vai haver. E se a Justiça entender que ele pode concorrer as eleições, ele pode concorrer. Se for comigo, vai perder outra vez”, disse ele em entrevista a rádios de Minas Gerais. “Não há possibilidade de mentira ganhar neste país outra vez.”

A fala foi uma resposta ao Projeto de Lei (PL) da Anistia, que segundo ele é uma prova de que os acusados de cometer crimes nas manifestações de 8 de janeiro de 2023 “não acreditam que são inocentes”.

“Quando as pessoas nem foram condenadas e estão pedindo anistia, é porque estão se condenando. Acham que fizeram exatamente aquilo que a Justiça está dizendo que fizeram.”

Ele ainda criticou Bolsonaro por ter deixado o país e se recusado a entregar a faixa presidencial.
“Por isso que ele fugiu para Miami. Se fosse um homem que não tivesse preparado toda aquela podridão de comportamento, ele teria ficado, teria dado posse como qualquer ser humano civilizado faria. Mas ele não”, declarou Lula.
O ex-presidente foi condenado em junho de 2023 por abuso de poder político e uso indevido de meios de comunicação por conta de uma reunião com embaixadores no Palácio do Planalto. Na ocasião, Bolsonaro atacou o sistema eleitoral brasileiro e afirmou que havia fragilidade na lisura do processo, sem apresentar provas. Com a condenação, Bolsonaro fica impedido de concorrer a qualquer cargo público até 2030.
Em 30 de dezembro de 2022, a um dia do término do mandato, Bolsonaro viajou para os Estados Unidos. No dia 8 de janeiro de 2023, as sedes dos três Poderes, em Brasília, foram invadidas e depredadas.
Em setembro do ano passado, a defesa do ex-presidente entrou com o primeiro recurso contra a decisão, que foi negado.
Conforme o recurso, apresentado ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), houve uma violação das regras da Constituição no julgamento da suspeita de abuso de poder político, que deveria ter ficado a cargo do Supremo Tribunal Federal (STF). Ao todo, foram apresentados pela defesa 19 pontos de violações do texto durante o processo.
Bolsonaro também responde por outros crimes no STF, entre eles os de associação criminosa, que prevê pena de um a três anos de prisão, e o de inserção de dados falsos em sistema de informações, com penas que podem levar de 2 a 12 anos.
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Fonte: sputniknewsbrasil

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