“Não há propostas claras para nenhum tema relevante. Diversas declarações de Lula e de pessoas próximas dão motivos para mais apreensão, inclusive por não ser possível entender a que se destinam, por que o presidente eleito fala coisas em tom tão agressivo sem objetivo claro. O presidente provocou turbulências desnecessárias aos mercados financeiros, o que impulsiona movimentos especulativos, pressiona as taxas de juros de longo prazo, reduz as possibilidades de financiamento nas bolsas e nos mercados de títulos, inibe investimentos. Tudo isso para quê? Não há como entender.”
“Os motivos são conhecidos: é difícil desenhar propostas claras e com efeitos significativos, as resistências são muitas, haverá conflitos políticos e regionais. Tudo isso posto, medidas de reforma tributária precisam ser adotadas, sim, mas não é crível que possam apresentar resultados rápidos, embora possam contribuir muito para acelerar o crescimento econômico e corrigir problemas mais agudos. E também aqui não se sabe o que pretende fazer o novo governo.”
“Arrecadação mesmo virá de um crescimento econômico. A sociedade está muito resistente em aceitar qualquer aumento de impostos neste momento. Ainda mais em um cenário em que nós ainda não chegamos a recuperar o PIB de 2014. Depois de 2014, nós tivemos a recessão do governo Dilma [Rousseff], em 2015 e 2016, e depois a pandemia. Nós recuperamos o nível pré-pandêmico, mas não o nível pré-crise da gestão Dilma.”
Fonte: sputniknewsbrasil