🗣🇧🇷 Lula participa da OIT e fala sobre a copresidência da Coalizão Global para a Justiça Social
Nesta quinta-feira (13), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou da conferência da Organização Mundial do Trabalho (OIT) na Suíça. Lula falou sobre os efeitos das mudanças… pic.twitter.com/NctInQHioA
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“É necessário aumentar a arrecadação desses setores muito privilegiados, que pagam muito menos impostos do que qualquer cidadão. A grande questão é como dividir essa fatia do bolo. E já que a principal proposta global foi gestada na OCDE e no G20, e nesses espaços existe uma preponderância dos países do Norte Global, os critérios de repartição desse bolo até agora estão muito desiguais, nos quais os países donos das empresas estão previstos para arrecadar muito mais dinheiro do que os países onde essas empresas operam e geram valor. Então, para a gente, no Sul Global é interessante que nessas empresas que vão ser mais tributadas venha uma fatia do bolo para o Sul Global, relativa a quanto essas empresas lucraram na região”, argumenta Casnati.
Relações de trabalho e pauta ambiental
💬 Nesta quinta-feira (13), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou da conferência da Organização Mundial do Trabalho (OIT) na Suíça.
Lula disse que o país está impulsionando a proposta de taxação dos super-ricos nos debates do G20 e reforçou que nunca houve tantos… pic.twitter.com/pXUzbwlTPS
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‘A mão invisível do mercado só agrava desigualdades’
“E foi uma meta de sucesso nos três primeiros governos do Partido dos Trabalhadores. Esse sucesso, na verdade, teve uma repercussão mundial, no sentido que o sucesso das políticas sociais aplicadas no Brasil, no governo do Partido dos Trabalhadores, passou a ser quase paradigmático para vários países, em não só eliminar a fome, mas também reduzir a desigualdade […]. A partir daí, o rendimento médio real do brasileiro aumenta na mesma direção do salário mínimo real no período. Inclusive esse foi um dos pontos fundamentais que solidificaram as ideias do golpe parlamentar de 2016, com aceitação dos empresários brasileiros, criando naquele momento uma situação inexistente de ruptura para, na verdade, ocorrer uma redução de salários. E foi o que aconteceu”, declarou o analista.
Uma nova globalização
“Então, por exemplo, a gente tem, com o acordo do BRICS, uma possibilidade de reduzir o poder, em termos de ordem econômica internacional, daquela que foi consolidada depois de Bretton Woods e que é dominada hegemonicamente, de uma maneira muito clara e definitiva pelos Estados Unidos e pela Europa em segundo plano. Essa possibilidade de você, por exemplo, criar um Novo Banco de Desenvolvimento [NBD], substituindo agências multilaterais importantes, como o FMI [Fundo Monetário Internacional] e o Banco Mundial, para objetivos que são mais ligados a esses países”, defendeu.
Defesa da democracia
“A contestação da ordem vigente não pode ser privilégio da extrema-direita. A bandeira anti-hegemônica precisa ser recuperada pelos setores populares progressistas e democratas. Recuperar o papel do Estado como planejador do desenvolvimento é uma tarefa urgente. A mão invisível do mercado só agrava desigualdade”, afirmou.
Fonte: sputniknewsbrasil