Da Redação
Folhapress
Na reta final do segundo turno das eleições municipais, o presidente Lula (PT) tem feito gestos a não petistas, a aliados desde antes da campanha eleitoral e também a segmentos como o dos evangélicos.
O movimento ocorre enquanto a cúpula da PT tece críticas a escolhas do partido na eleição e até ironiza a aliança com Guilherme Boulos (PSOL), em São Paulo, esse atrás nas pesquisas de intenção de voto.
O partido sofreu derrotas no primeiro turno, chegando ao comando de apenas 248 prefeituras até agora, e aguarda o resultado final para uma reflexão mais detalhada do cenário.
Lula, por outro lado, atua de forma mais pragmática, o que tem sido ecoado por aliados e se confirma em sua agenda. O presidente tem dito a interlocutores, desde o início do ano, que a prioridade na eleição municipal era não implodir pontes com aliados e manter a chamada “frente ampla” unida.
Esta foi uma das justificativas dadas, inclusive, para ele ter participado timidamente em campanhas no primeiro turno.
Neste segundo turno, ele viajou para cidades para apoiar aliados, petistas ou não, contra o bolsonarismo. Também recebeu no Palácio do Planalto evangélicos, segmento que representa dificuldades para o governo, além de prefeitos de outras legendas.
Lula foi a Fortaleza (CE), onde apoia Evandro Leitão (PT); a Camaçari (BA), com Luiz Caetano (PT); a Belém (PA), com Igor Normando (MDB); e a São Paulo (SP), cidade considerada chave para o Planalto.
Fonte: abroncapopular