Lula envia PL ao Congresso para modernizar parque fabril; valor inicial é de R$ 3,4 bilhões


O programa deve começar com investimentos iniciais de R$ 3,4 bilhões, de acordo com o PL, que prevê ainda uma segunda fase para abarcar mais setores, e que será lançada de acordo com as disponibilidades orçamentárias.
O projeto autoriza o governo a utilizar o instrumento da depreciação acelerada para estimular as indústrias a investirem na revitalização de seu maquinário, equipamentos e instrumentos.
O texto foi publicado em edição extra do Diário Oficial da União (DOU) neste sábado. Os setores a serem beneficiados pelo programa serão definidos após a tramitação do PL no Congresso.
De acordo com um estudo da Confederação Nacional da Indústria (CNI), divulgado em julho, o maquinário da indústria brasileira tem em média 14 anos. Cerca de 38% dos equipamentos estão perto de encerrar o ciclo de vida ideal ou já encerraram.
A depreciação acelerada possibilitará que uma empresa adquira um bem de capital e abata o valor nas declarações do Imposto de Renda e de Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido em até dois anos. Em condições normais, esse abatimento é paulatino, feito em até 25 anos, conforme o bem vai se depreciando.
O abatimento das máquinas adquiridas em 2024 poderá ser feito em duas etapas: 50% no primeiro ano e 50% no segundo. A medida valerá para as aquisições ocorridas a partir de 1º de janeiro e até 31 de dezembro do ano que vem.
Segundo nota publicada pelo governo federal, a medida deve contribuir também para aumentar o fluxo de caixa das empresas e a chamada Formação Bruta de Capital Fixo, que mede a capacidade produtiva futura com a aquisição de maquinário.
O vice-presidente Geraldo Alckmin, que também é ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), disse que essa antecipação no abatimento a que o empresário tem direito vai aumentar a competitividade das indústrias brasileiras:
“A grande qualidade dessa política é que ela gera fluxo de caixa adicional para as empresas, estimula o investimento, modernizando nosso parque fabril com tecnologias mais avançadas, e aumenta a oferta de postos de trabalho mais qualificados, portanto, com melhor remuneração”, frisou o ministro.
Embora não se trate de isenção tributária, já que a perda de arrecadação em 2024 e 2025 será compensada nos anos seguintes, as regras fiscais exigem que se defina fontes de recursos orçamentários para aplicação do benefício.

Fonte: sputniknewsbrasil

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