Ao listar alguns princípios e compromissos acordados e firmados no encontro, Lula destacou que a lição que fica é que “quanto maior for a interação entre os sherpas e a trilha de finanças, maiores e mais significativos serão os resultados dos trabalhos […]. Fizemos um chamado à ação por reformas que tornem a governança global mais efetiva e representativa, e dialogamos com a sociedade por meio do G20 Social”.
Ele destacou que foram realizadas mais de 140 reuniões em 15 cidades brasileiras.
Ao passar o bastão da presidência rotativa do grupo para o presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, ele exaltou os laços históricos e culturais com o continente africano:
“Depois da presidência sul-africana, todos os países do G20 terão exercido pelo menos uma vez a liderança do grupo. Será um momento propício para avaliar o papel que desempenhamos até agora e como devemos atuar daqui em diante. Temos a responsabilidade de fazer melhor. É com essa esperança que passo o martelo da presidência do G20 para o presidente Ramaphosa. Esta não é uma transmissão de presidência comum, é a expressão concreta dos vínculos históricos, econômicos, sociais e culturais que unem a América Latina e a África”, afirmou o presidente brasileiro.
Lula finalizou o discurso parafraseando o ex-presidente sul-africano Nelson Mandela (1918–2013):
“É fácil demolir e destruir; os heróis são aqueles que constroem. Vamos seguir construindo um mundo justo e um planeta sustentável.”
O texto final do encontro foi divulgado antecipadamente, na noite de ontem (18).
A presidência brasileira elencou como foco do evento o desenvolvimento sustentável e a urgência de combater as mudanças climáticas. No documento, os líderes também exaltaram a iniciativa contra a insegurança alimentar, formalizada na Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, lançada no evento, e reconheceram a necessidade de uma reforma da governança global baseada em soluções multilateralmente acordadas, inclusive no órgão máximo das Nações Unidas, o Conselho de Segurança.
Fonte: sputniknewsbrasil