As embarcações da classe Handy (embarcações de médio porte usadas para o transporte de petróleo bruto e derivados) serão utilizadas no transporte de derivados de petróleo na costa brasileira.
Ao afirmar que 95% do transporte de exportação do país é feito por navio, o presidente questionou por que o Brasil, sendo o maior país da América do Sul, não possui uma indústria naval poderosa. “Por que a gente tem que comprar navio da Coreia, de Cingapura, da China?”, criticou:
“Quero recuperar [a indústria naval], porque um país que tem uma bela indústria naval, ele se torna competitivo no comércio internacional”, declarou Lula durante a cerimônia em Rio Grande, que tem o quarto terminal portuário mais movimentado do país e a Refinaria de Petróleo Riograndense, a primeira do Brasil, inaugurada em 1937 como Refinaria Ipiranga. “Este estaleiro vai voltar a funcionar”, acrescentou ele.
O ministro das Minas e Energia, Alexandre Silveira, também participou do evento, transmitido no canal oficial do governo federal, e declarou que a construção dos quatro navios deve gerar cerca de 3,6 mil empregos diretos e indiretos.
Há uma semana, o presidente esteve em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro, para anunciar outras duas iniciativas de fomento à indústria naval.
Cada navio tem valor de US$ 69,5 milhões (cerca de R$ 390 milhões), e o contrato envolve a Transpetro, subsidiária integral da Petrobras, e o consórcio formado pelos estaleiros Rio Grande e Mac Laren. Segundo a Petrobras, as embarcações terão mais eficiência energética e menos emissão de gases de efeito estufa.
O Programa de Renovação e Ampliação de Frota da Petrobras prevê o contrato de 44 navios, com investimentos de R$ 23 bilhões e geração de 44 mil postos de trabalho. Segue ainda as diretrizes da política industrial Nova Indústria Brasil, que visa a descarbonização, a inovação, o aumento da competitividade, das exportações e ampliação da soberania nacional.
Fonte: sputniknewsbrasil