O anúncio foi feito pelo presidente eleito em coletiva de imprensa em que foi apresentado o relatório final do governo de transição.
“Nós estamos precisando de alguém que pense em desenvolvimento, de alguém que pense em reindustrializar esse país, de alguém que pense em inovação tecnológica, de alguém que pense na geração de financiamento ao pequeno, ao grande, ao médio empresário para que esse país volte a gerar emprego”, disse Lula.
Lula anunciou o nome de Mercadante após garantir que seu governo não promoverá a privatização de empresas públicas.
“Já privatizaram quase tudo. Isso vai acabar e nós vamos mostrar que algumas empresas públicas podem mostrar sua rentabilidade”, apontou.
“Nós queremos dizer ao mundo inteiro: quem quiser vir para cá, venha. Tem trabalho, tem as coisas para vocês virem fazer, tem projeto novo para investimento, mas não venham aqui para comprar nossas empresas públicas porque elas não estão à venda”, reforçou o presidente, diplomado na última segunda-feira.
Em discurso feito um pouco antes do anúncio de que será, de fato, indicado para a presidência do BNDES, Mercadante exaltou o trabalho feito pelo gabinete de transição. O ex-ministro foi coordenador técnico da equipe de transição de Lula e foi coordenador do plano de governo do petista durante as eleições.
“Só de revogaço, são 23 páginas. Estamos revogando tudo, estamos passando por uma peneira bem fina para avaliar cada medida e suas implicações. Isso tudo agora vai para os novos ministros que vão avaliar e decidir junto com o presidente o que será revogado e as medidas preliminares a serem tomadas”, disse Mercadante.
Lula critica Bolsonaro
Após apoiadores do atual presidente Jair Bolsonaro (PL) promoverem protestos incendiários na segunda-feira (13), Lula fez duras críticas ao mandatário.
“[Bolsonaro] segue o rito que todos os fascistas seguem no mundo. É importante a gente saber que eles fazem parte de uma organização de extrema direita que não existe apenas no Brasil; existe na Espanha, existe na Itália, na França, nos Estados Unidos — onde o líder é o presidente Trump — , na Hungria e em vários outros países, inclusive na nossa querida Argentina. Esse grupo veio para negar… Esse grupo veio em nome de defender os costumes, a família, mas o que eles mais fazem é negar as coisas da própria família.”
Fonte: sputniknewsbrasil
