Lúdio Cabral quebra promessa de não se alinhar com políticos do agro e aceita tutela de Carlos Fávaro


O deputado estadual e pré-candidato a prefeito de Cuiabá, Lúdio Cabral (PT), sempre foi um crítico mordaz do agronegócio.

Desenvolto, sem pudor e com a língua solta, o petista responsabiliza o setor rural pelo uso indiscriminado de agrotóxicos, sataniza agricultores e acusa o agronegócio de promover desmatamento para ampliar áreas de criação de gado e produção de grãos.

Cabral ainda apregoa que os produtores de soja dependem do “Estado-babá”.

Segundo ele, sem fazer referência às contrapartidas diretas e indiretas do setor para a economia do Estado e do Brasil, a produção de grãos depende de subsídios públicos da ordem de R$ 60 bilhões ao ano apenas em renúncia fiscal.

Convicto em sua posição contrária ao agro, Lúdio se recusou a participar, em janeiro de 2022, de uma reunião convocada pelo então candidato a presidente Luiz Inácio Lula da Silva com representantes do agronegócio de Mato Grosso em Brasília.

“Não gostaria de estar sentado ao lado desses representantes políticos desse setor. Tenho esse posicionamento claro e não abro mão”, justificou. À época, Lúdio acrescentou que o agronegócio não tem voto, apenas dinheiro, e estaria buscando uma aproximação com Lula apenas por oportunismo político.

Na mesma oportunidade, Cabral fez questão de menosprezar a força política do setor rural.

“Não precisamos do apoio político do agronegócio, porque ele detém o poder político e é responsável pelas contradições que o Estado tem. Se temos fila do osso, se deve a uma política de preço que enriquece os poderosos do agro. Temos 500 mil pessoas passando fome em Mato Grosso, enquanto o Estado exporta milhões de toneladas em dólares para enriquecer os poucos”, desdenhou.

Decorridos dois anos e meio de sua manifestação de desprezo aos representantes do agronegócio, Lúdio Cabral quebra a promessa de não sentar com políticos representantes do agro e celebra parceria eleitoral com o ministro da Agricultura Carlos Fávaro, que é um forte expoente do ruralismo e qualificado representante do agronegócio no governo do presidente Lula.

Em 2022, Lúdio disse que o agronegócio não tem votos, apenas dinheiro. Seria esse, então, o motivo para cair no colo do ruralista Carlos Fávaro? Essa adesão motivada pelo dinheiro do agronegócio não seria um caso típico de oportunismo político?

Fonte: abroncapopular

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