Lucro da JBS cai 9,8% no 2º trimestre, para R$ 3,95 bi


Lucro da JBS cai 9,8% no 2º trimestre, para R$ 3,95 bi

JBS Divulgação

A JBS reportou lucro líquido de R$ 3,952 bilhões no segundo trimestre, queda de 9,8% ante igual período do ano anterior, com impacto de uma piora nos resultados das operações nos Estados Unidos, onde está a maior parte do negócio da empresa, conforme balanço financeiro divulgado nesta quinta-feira (11).

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado somou R$ 10,36 bilhões, recuo de 11,5% no comparativo anual, enquanto a margem Ebitda ajustada foi de 11,2%, 2,4 pontos percentuais menor.

Apesar dos recuos, os resultados superaram as expectativas de analistas consultados em pesquisa da Refinitiv. A projeção para o lucro era de R$ 3,24 bilhões, enquanto a perspectiva para o Ebitda estava em R$ 9,708 bilhões.

O desempenho consolidado da empresa foi pressionado pelas operações de carne bovina e suína na América do Norte, que tiveram quedas tanto na receita quanto no desempenho operacional -marcando um cenário quase oposto ao apresentado até o primeiro trimestre deste ano.

Por outro lado, as unidades do Brasil e Austrália trouxeram resultados positivos.

“No ano passado, o mercado de bovinos nos Estados Unidos vinha de um incêndio na Tyson e Covid, que deixou o setor operando em 70% da capacidade. Em 2021, você tinha uma oferta muito grande de gado por causa desses eventos”, disse à Reuters o diretor Financeiro e de Relações com Investidores na JBS, Guilherme Cavalcanti.

O CEO global, Gilberto Tomazoni, acrescentou que agora o ciclo bovino norte-americano está caminhando para uma “normalização”.

Segundo Cavalcanti, havia também no ano passado uma demanda mais firme por carne bovina na América do Norte impulsionada por estímulos econômicos relacionados ao combate à pandemia, cenário que também mudou em 2022.

“O gado excessivo foi consumido e a demanda por carne bovina começou a se ajustar em uma realidade”, disse ele.

Desta forma, a JBS Beef North America viu a receita líquida recuar 4,6% no comparativo anual, para R$ 27,2 bilhões no segundo trimestre. Na mesma linha, o Ebitda ajustado da operação baixou 54,6%, a R$ 3,1 bilhões e a margem Ebitda recuou 12,4 pontos, a 11,2% (Reuters, 11/8/22)

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