“Hoje eu me sinto mais seguro, mais experiente. Foram oito anos desde o meu primeiro Mundial. Mas ainda lembro muito bem como foi em 2014. O grupo era formado por atletas com grande experiência. Em vários momentos de pressão durante os jogos, fui bem acolhido”, afirma. “Agora, mais velho, me sinto pronto para exercer essa função de apoiar os mais jovens. Temos aqui jovens talentos com cabeça e ouvidos bem abertos. É uma troca muito boa”, continua Lucarelli, campeão olímpico nos Jogos Rio 2016 e na expectativa de um grande jogo diante do Catar, nesta terça-feira, às 6 horas, em Liubliana.
Lucarelli usa a ausência em 2018 e o fato de não ter o título do Mundial no currículo como motivação extra para a competição, na qual o Brasil já garantiu vaga antecipada às oitavas, mas prega respeito total ao desconhecido rival.
“O Mundial só fica atrás dos Jogos Olímpicos em importância. Não participei em 2018 por conta da lesão. Fiquei triste, mas não guardo mágoas. O que quero é ajudar a equipe a seguir adiante agora.”
A motivação e seriedade demonstrada nas palavras de Lucarelli são compartilhadas pelo técnico Renal Dal Zotto, descartando clima de descontração no time após a classificação antecipada. O treinador garante que o respeito e a postura séria serão presentes contra o Catar.
“Estamos preparando o nosso jogo contra o Catar do mesmo modo que nos preparamos para os confrontos contra Cuba e Japão. Avaliamos bastante as características de cada jogador adversário, os pontos fortes e fracos. É uma equipe menos conhecida, mas o Schwanke (assistente técnico) conhece bem todos os jogadores que estão lá”, garante Renan. “A experiência dessa passagem dele pelo voleibol do Catar vai nos ajudar muito. Temos que entrar com a mesma disposição das partidas anteriores. Cada set será importante para a classificação geral”, enfatiza o comandante.