O Laboratório de Produtos Florestais (LPF) do Serviço Florestal Brasileiro (SFB) recebeu, ontem, 14, Maria Dalila Bohrer e Camila Fix, vencedoras do Prêmio Madeiras Alternativas da 24ª e 25ª edição do Prêmio Salão Design.
Dalila Bohrer, de Porto Alegre-RS, foi a vencedora da 24ª edição, em 2022. A peça que lhe trouxe o título foi o Banco Movimento 5. Ela usou três espécies de madeiras alternativas na confecção do móvel: roxinho (Peltogyne sp.), tauari (Couratari sp.) e cumaru (Dipteryx sp.).
Um grupo formado por quatro mulheres são as vencedoras da 25º edição. As designers paulistanas Camila Fix, Amélia Torozzo, Flavia Pagotti Silva e Rejane Carvalho Leite, do Estúdio Plataforma4, criaram a peça Cadeira Terra, confeccionada em jequetibá-rosa (Cariniana sp). Na passagem pelo SFB, Dalila e Camila, representantes do grupo vencedor, puderam conhecer as dependências do LPF. Elas visitaram as áreas de Anatomia e Morfologia,Secagem, Biodegradação e Preservação; Química, Adesivos e Borracha Natural; Engenharia e Física da Madeira, dentre outros espaços.
Para Dalila, conhecer o LPF foi uma experiência impactante. “Eu não fazia a menor ideia de todas as possibilidades de uso da madeira. Eu fiquei muito orgulhosa de saber que no Brasil, com toda a riqueza florestal que há, existe uma instituição que valoriza a madeira e faz todos esses testes, estudos”, afirmou a arquiteta. Camila Fix pontuou sobre a abrangência e complexidade do trabalho desenvolvido no Laboratório. “ Eu fiquei surpresa com a quantidade de áreas que vocês têm aqui, com os testes que vocês fazem, como de resistência, de arquitetura e de identificação de espécies. Ter a oportunidade de ver o trabalho que é feito com a madeira nos traz ainda mais possibilidades de projetos futuros e de novas investigações”, afirmou.
Para o pesquisador e coordenador do LPF, Fernando Gouveia, é gratificante receber visitantes no LPF. “Hoje estão aqui duas designers premiadas. O trabalho que elas fazem reverbera o nosso. O LPF tem 50 anos de existência e tem como objetivo divulgar o material madeira e os produtos da floresta. O Prêmio Madeiras Alternativas permite que artistas como Dalila e Camila façam uma releitura da madeira, dando forma a esse material tão nobre e diverso”, afirmou.
Para realizar a confirmação das espécies de madeiras usadas nos móveis, o Laboratório envia um profissional do setor de Anatomia e Morfologia até o local do evento para fazer a análise. O Prêmio Madeiras Alternativas é uma categoria especial do Prêmio Salão Design e é promovido em parceria entre o SFB e o Sindicato das Indústrias de Móveis de Bento Gonçalves/RS (Sindmóveis) promotor do Prêmio Salão Design. O objetivo dessa categoria é premiar profissionais que produzem peças utilizando madeiras pouco conhecidas no setor moveleiro. O LPF participa da premiação desde 1992, realizando a análise e certificação da espécie madeireira usada na peça.
Saiba mais sobre o Prêmio Especial Madeiras Alternativas:
https://lpf.florestal.gov.br/pt-br/premio-madeiras-alternativas
Fonte: gov.br