“Temos relações com o Banco Mundial, com o Fundo Monetário Internacional, mas a nossa política econômica é autônoma, é definida por nós. Agradecemos muito as suas recomendações, mas se aplica uma agenda de acordo com a realidade do nosso país […]. Preferimos agir com autonomia e nos respeitar”, afirmou em coletiva de imprensa.
O presidente mexicano lembrou que, durante o período neoliberal, o FMI procurou a privatização das empresas nacionais, sem ajudar a população do país latino-americano.
“O que estava na agenda? Privatização, despojamento do povo mexicano de seus bens para transferi-los a particulares”, enfatizou.
Da mesma forma, López Obrador afirmou que, na última previsão de crescimento econômico publicada pelo organismo internacional, ficou demonstrado que a Argentina terá um desempenho melhor que o do México.
“O FMI declarou que a Argentina crescerá mais que o México, quando o FMI, com todo o respeito, foi o causador do desastre econômico em [Buenos Aires] e, agora, como se nada tivesse acontecido, posicionam-se como árbitros, juízes, que decidem o que vai acontecer no futuro”, disse ele.
Recentemente, o FMI, liderado por Kristalina Georgieva, publicou as suas estimativas de crescimento para as nações. Neles, o órgão mostrou que a Argentina sofrerá uma contração do produto interno bruto (PIB) de 3,5% em 2024. Porém, até 2025, terá um avanço de 5%.
No caso do México, a organização internacional espera que cresça anualmente 1,8% entre 2025 e 2027, o que ocorrerá durante a primeira parte do mandato de seis anos da presidente eleita mexicana Claudia Sheinbaum.
Anteriormente, o presidente do México tinha criticado o FMI, salientando que, em mandatos anteriores, o órgão tinha tido uma forte interferência nas decisões econômicas da nação latino-americana.
“Já não nos impõem nada. Quando os governos [anteriores] se permitiram impor a agenda, a política neoliberal deixou muito mal o povo do México. Somos independentes, livres, soberanos e aí estão os resultados”, expressou o presidente ainda em fevereiro deste ano.
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Fonte: sputniknewsbrasil