Linha do tempo: Jeep Renegade venceu no jogo dos SUVs por ser diferente


O Jeep Renegade fez (e faz) muito barulho desde que foi lançada há quase dez anos. Era diferente dos rivais em personalidade, projeto e no pedigree aventureiro – além de ser o responsável por estrear a linha de montagem da fábrica de Goiana (PE). De lá para cá já são 500 mil unidades vendidas, duas vezes o SUV mais vendido do país e figurinha constante no top5 do segmento.

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Enquanto os demais SUVs apostavam em formas mais arredondadas e linhas mais fluidas, o Renegade mostrou que ser quadradão é o que era legal e moderno de verdade. Além do mais, na época, foi o primeiro utilitário compacto nacional com opção de motor a diesel e a ter câmbio de 9 marchas.

Ao volante, cativou muitos motoristas pela sensação de segurança. Além da robustez e das competências no fora de estrada (quando equipado com a tração 4×4), era – e ainda é – prático e espaçoso para o uso familiar do cotidiano. Dentre os motivos para isso, está o fato de que o modelo foi o segundo da Jeep (depois do Cherokee) a receber uma plataforma da Fiat – no caso, a do 500X.

A versão mais em conta custava R$ 66.900 em 23 de março de 2015, data exata do seu lançamento – ainda que tivesse chegado às concessionárias só na segunda semana de abril daquele ano.

Eram sete versões: 1.8 flex, Sport flex MT, Sport flex AT, Sport 4×4 turbodiesel AT9, Longitude flex AT, Longitude 4×4 turbodiesel AT9 e Trailhawk 4×4 turbodiesel AT9. Fato curioso é que a versão diesel mais em conta não chegava nem aos R$ 100 mil – menos do que os R$ 118.290 cobrados pela versão de entrada atualmente.

Quanto às motorizações, uma delas era a mesma da linha Fiat: o longevo 1.8 EtorQ Flex que gerava até 132 cv e 19,1 kgfm. A outra, mais cobiçada, era a 2.0 turbodiesel Multijet, que produzia 170 cv e 35,7 kgfm. Nesta última configuração podia acelerar até 100 km/h em 10 segundos.

Na versão de maior custo-benefício, a Sport, trazia direção elétrica, freio de estacionamento elétrico por botão, controle de estabilidade, faróis de neblina, sistema de som com Bluetooth e entrada USB, volante multifuncional e painel com acabamento suave ao toque com detalhes cromados, rodas de liga leve aro 16 e disco de freio nas quatro rodas, além dos obrigatórios airbag duplo e ABS.

A partir da Longitude, ganhava sistema multimídia com tela tátil de cinco polegadas, câmera de ré, GPS, comando de voz, roda de liga leve de 17 polegadas e ar-condicionado de duas zonas.

Na de topo o número de airbags subia para sete, o display do painel passava a ser de sete polegadas, ganhava ganchos para reboques, detector de ponto cego e faróis de xenônio, as rodas aro 17 ganhavam pneus de uso misto e a suspensão era recondicionada para uso fora-de-estrada.

Em 2022, o SUV recebeu melhorias em sua nova geração. Trouxe novos itens de conectividade, reforçou a identidade da marca em seu visual, além de receber novos acertos de suspensão e carroceria. Na época, era oferecido em quatro versões (atualmente são seis), sendo duas com tração integral e duas apenas na dianteira no seu lançamento.

Além disso, ambos os motores deram espaço para apenas um: o 1.3 turbo T270 de 185 cv. Isso levou o Renegade a ocupar novos patamares de desempenho. Nas versões 4×2, acelera até 100 km/h em 8,8 segundos, números que sobem para 9,5 nas versões 4×4, segundo a fabricante.

Os destaques do então lançamento ficaram por conta da nova grade, para-choque, rodas (que podiam ser de 17 ou 19 polegadas dependendo da versão) e faróis Full-LED. Os retrovisores ganharam luzes de direção integradas, enquanto as laterais adotavam novos grafismos. Na traseira, adotou novo estilo nas lanternas de LED.

De série, passou a ter controle de estabilidade e tração, assistente de partida em rampa, sistema multimídia com integração Android Auto e Apple CarPlay sem fio, faróis Full LED, frenagem autônoma de emergência, alerta de manutenção e assistente de faixa, detector de fadiga, leitor de placas e seis airbags.

Além de todas essas tecnologias autônomas, o Jeep Renegade ganhou quadro de instrumentos de 7″ totalmente digital, com tela customizável. Nela, era possível ver parâmetros como pressão do turbo, percentual de potência enviada às rodas e até a força G.

Como se não bastasse, estreou o sistema multimídia com tela de até 8,4 polegadas, que tem integração sem fio para Android Auto e Apple CarPlay, além de carregador de celular por indução com novo sistema de resfriamento pela saída de ar-condicionado, que direcionava o vento para o aparelho com o objetivo de evitar superaquecimento.

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Atualmente, na linha 2024, o carro é basicamente o mesmo, mudando apenas a variedade das versões 4×2 e o foco de cada uma delas na oferta de equipamentos e preços. São seis versões, entre elas: 1.3 turbo (R$ 118.290), Sport (R$ 143.990), Longitude (R$ 160.990), Longitude Dark (R$ 166.490), Serie S 4×4 (R$ 187.990) e Trailhawk 4×4 (R$ 187.990).

O Jeep Renegade tem uma trajetória de sucesso no Brasil, tendo liderado o segmento geral de SUVs em duas oportunidades: 2019 e 2021. Mas também sempre figurou entre os cinco mais vendidos – a exceção foi em 2023, quando amargou apenas o 8º lugar.

De 2015 para cá, até o fechamento de 2023, 473.715 unidades saíram das concessionárias. Ou seja, 2024 será o ano que o Jeep Renegade chegará a meio milhão de veículos comercializados. Uma marca histórica.

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Fonte: direitonews

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