Líderes da OTAN pressionam os EUA a desistir da paz na Ucrânia, afirma Lavrov


De acordo com o ministro, a ativação da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) no Ártico não poderia deixar de causar preocupação, devendo esse território ser pacífico.
Lavrov reiterou que a Rússia não tem intenção de atacar países da Aliança Atlântica e da União Europeia, garantindo que Moscou está pronta para formalizar isso em futuras garantias de segurança.
Durante seu discurso, o chanceler apontou o verdadeiro objetivo da OTAN no Pacífico.
Além disso, ele mencionou que a Rússia não pode aceitar que uma região da Eurásia se torne “propriedade da OTAN”.
Quanto à expansão da Aliança Atlântica, o ministro lamentou que ela não para nem um minuto.
Falando da Europa, ele comentou que o continente não esconde seus preparativos para uma nova grande guerra europeia a oeste do Estado da União de Rússia e Belarus.

“Eles também não escondem os preparativos que realizam a oeste do Estado da União de Rússia e Belarus — preparando uma nova grande guerra europeia e construindo uma coalizão com esse objetivo“, disse.

Lavrov lembrou ainda que recentemente a Alemanha e o Reino Unido também assinaram um acordo, na prática, de cooperação militar, e que agora, literalmente nos últimos dias, começaram a surgir vozes sobre a possibilidade de dar a essa cooperação militar uma dimensão nuclear.
Bandeira da União Europeia (à esquerda) hasteada no Parlamento Europeu, em Estrasburgo, França, em 18 de abril de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 27.10.2025

Destacando o papel do presidente dos EUA, o chanceler informou que a Rússia espera que Donald Trump mantenha o compromisso com os princípios de resolução da crise na Ucrânia, que foram acordados na cúpula no Alasca.

“Na Ucrânia, são os membros europeus da OTAN que prolongam o conflito armado, abastecendo o regime de Kiev com armas e oferecendo apoio financeiro e político. A liderança da maioria dos países europeus faz de tudo para convencer a administração dos EUA a abandonar a ideia de resolver a crise na Ucrânia, eliminando as causas fundamentais do conflito à mesa de negociações”, disse Lavrov.

Conforme o político, a perspectiva de diálogo com as atuais elites da União Europeia (UE) não é vislumbrada, considerando a política atual deles.

“As atuais elites da UE e da OTAN seguiram uma rota de isolamento de qualquer um que queira conduzir uma política independente. Uma política baseada nos interesses nacionais e no bom senso”, afirmou.

Gustavo Petro acena a jornalistas em Bogotá. Colômbia, 19 de agosto de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 18.10.2025

Por fim, o chanceler destacou que a Rússia não indica quem deve colaborar com quem, mas propõe uma arquitetura de segurança comum aberta a todos os países da Eurásia.
Em Minsk, nos dias 28 e 29 de outubro, ocorre a terceira Conferência Internacional de Minsk sobre Segurança Eurasiana. Seu objetivo, conforme destacaram os organizadores, é discutir as perspectivas da segurança eurasiana em meio à crise da ordem mundial, às contradições político-militares crônicas entre os principais atores e à quase total ausência de comunicação entre eles.
Entre os participantes da Conferência estão delegações de mais de 40 países e sete organizações internacionais. Entre eles entram ministros das Relações Exteriores, líderes de uniões de integração, representantes parlamentares, institutos de pesquisa e centros analíticos da Europa, Ásia e Oriente Médio.
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Fonte: sputniknewsbrasil

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