Líder do Comando Vermelho em MT volta a ser condenado e penas já ultrapassam 170 anos de prisão


Conteúdo/ODOC – Considerado a maior liderança facção criminosa Comando Vermelho em Mato Grosso, Sandro Silva Rabelo, conhecido como “Sandro Louco”, recebeu mais 13 anos de prisão. A condenação foi proferida pelo juiz Jean Garcia de Freitas Bezerra, e ocorreu no âmbito da Operação Ativo Oculto, que investigou crimes de organização criminosa e lavagem de dinheiro. Com essa nova sentença, a pena total de Sandro já ultrapassa 173 anos de prisão.

Mesmo preso na Penitenciária Central do Estado (PCE), Sandro continua a exercer influência dentro da organização criminosa. De acordo com as investigações, ele se utilizava de familiares e intermediários para movimentar dinheiro ilícito, principalmente por meio de sua esposa, Thaisa Souza de Almeida Rabelo.

A investigação apontou que Thaisa era uma peça-chave no esquema de lavagem de dinheiro da facção, adquirindo imóveis e quitando aluguéis de alto valor em Cuiabá. Segundo a polícia, ela viveu em dois condomínios de luxo da capital: primeiro no Brasil Beach Cuiabá Resort, com aluguel de R$ 6 mil, e depois no Florais da Mata, com mensalidade de R$ 9,6 mil. As transações, todas feitas em dinheiro vivo, eram registradas em nome de terceiros.

Além disso, Thaisa comprou um terreno em Acorizal por R$ 435 mil, também em espécie. A manutenção do local custou outros R$ 37 mil, pagos da mesma forma. Essas movimentações financeiras foram comprovadas a partir da análise do celular de Sandro, que coordenava as operações mesmo dentro da prisão.

Além de Sandro, outras lideranças da facção também foram condenadas. Adeilton de Amaral Tavares, conhecido como “Toreto”, e Everton Danilo Jesus Batista, foram sentenciados pelos mesmos crimes. Toreto, que movimentou mais de R$ 2 milhões entre 2021 e 2023 sem comprovar renda, foi condenado a 5 anos em regime semiaberto, com direito a recorrer em liberdade. Everton Danilo, que utilizava empresas de fachada para lavar o dinheiro da facção, pegou 10 anos em regime fechado.

As investigações mostram que Everton ostentava veículos e bens incompatíveis com sua renda e movimentou R$ 2,1 milhões em apenas 11 meses. Agora, ele cumprirá a pena sem direito de recorrer em liberdade.

Operação Ativo Oculto

A operação, deflagrada em 23 de agosto, mobilizou mais de 600 policiais para cumprir 271 mandados judiciais, entre prisões e buscas e apreensões. O objetivo da ação foi desmantelar as principais lideranças do Comando Vermelho em Mato Grosso, incluindo familiares que atuavam na lavagem de dinheiro.

Sandro Louco, que já está preso no raio de segurança máxima da PCE, foi um dos principais alvos da operação, juntamente com sua esposa Thaisa e outros membros da facção.

As investigações continuam e outras lideranças ainda podem ser atingidas pelas ações do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), com apoio da Polícia Civil e Polícia Militar.

Fonte: odocumento

Anteriores F1: Ferrari teria tentado contratar engenheiro de Verstappen
Próxima Ditadura da Nicarágua expulsa embaixador brasileiro, diz site