Lecar: marca nacional desiste de carro elétrico e agora promete híbrido


A Lecar, empresa brasileira do empresário Flávio Figueiredo Assis, autointitulado “Elon Musk brasileiro”, desistiu de lançar um carro elétrico. A promessa era colocar no mercado um sedã elétrico ainda em 2024.

Agora, a Lecar afirma que desenvolver carros híbridos flex. Assis confirmou em comunicado oficial que o protótipo Lecar 459, que tinha previsão de chegar ao mercado em dezembro como elétrico, será readaptado para a nova tecnologia.

Ainda não há qualquer informação sobre a motorização do Lecar 459 híbrido, mas a empresa já faz promessas relacionadas a consumo e autonomia. Segundo o comunicado divulgado nesta quinta-feira (27), o sedã poderá rodar 1.000 km com 30 litros de etanol, o que significa consumo médio de 33,3 km/l.

Mesmo que tenha prometido “o primeiro carro elétrico sem tomada do mundo”, a tecnologia já existe. O sistema e-Power da Nissan há anos utiliza um motor a combustão exclusivamente como gerador de energia para uma unidade elétrica, esta, a única responsável por tracionar as rodas.

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A razão para a mudança de rota? De acordo com a marca, veículos elétricos ainda não são “uma realidade benéfica para o mercado” e “na prática, a prevalência deste nicho pode trazer mais transtornos do que verdadeiras soluções à mobilidade“.

Por fim, a Lecar critica a tecnologia que defendia até pouco tempo atrás. “Mesmo que, atualmente, tenhamos motores e baterias mais modernos, o conceito do carro elétrico é o mesmo desde 1890: uma bateria recarregável que alimenta um motor elétrico. As células de baterias, assim como os motores, têm limites tecnológicos que estão chegando ao seu auge”.

Vale lembrar que a empresa gaúcha foi fundada em 2022, com a promessa de se tornar uma montadora brasileira de veículos elétricos, ao lançar modelo zero emissões inspirado em Tesla. O empresário até chegou a demonstrar interesse em assumir as instalações que um dia foram da Ford, em Camaçari (BA), durante o período de negociação do governo do estado com a chinesa BYD.

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Fonte: direitonews

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