Le Pen acusa o governo francês de ‘bater carteiras’ dos cidadãos para reduzir o déficit no orçamento


Na quarta-feira (27), o primeiro-ministro francês Gabriel Attal disse que o governo implementaria uma reforma da segurança social para os desempregados em 2024. A reforma prevê, em particular, a redução do período de pagamento do subsídio de desemprego de 18 meses para “não menos de 12 meses”. O anúncio de Attal foi feito depois de um relatório ter mostrado que o déficit no orçamento do país se situou em 5,5% do produto interno bruto (PIB) em 2023, o que é 0,6% a mais do que o previsto pelo Ministério da Economia.

“A reforma da segurança social para os desempregados é uma fraude com o único objetivo de bater as carteiras dos franceses para salvar contas do governo que estão em déficit devido à incompetência das autoridades”, escreveu Le Pen no X (anteriormente Twitter) na quarta-feira, acrescentando que o sistema estava funcionando bem e não havia necessidade de uma reforma.

Enquanto isso, o próprio Attal disse que o único objetivo da reforma era convencer os franceses a voltar ao trabalho.
A taxa de desemprego na França situou-se em 7,5% da força de trabalho no quarto trimestre de 2023, crescendo 0,4% em um ano, segundo dados fornecidos pelo Instituto Nacional de Estatística e Estudos Econômicos da França.
No início de março, o ministro da Economia francês, Bruno Le Maire, disse que o governo planejava cortar as despesas orçamentárias em € 20 bilhões (cerca de R$ 108,01 bilhões), ou seja, € 10 bilhões (aproximadamente R$ 53,9 bilhões) em 2024 e 2025 cada. Para regressar a um déficit orçamentário de 3% — a meta que o Ministério da Economia pretende atingir até 2027 — é necessário poupar cerca de € 50 bilhões (mais de R$ 269,8 bilhões) entre 2025 e 2027, afirmou o Tribunal de Contas francês.
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Fonte: sputniknewsbrasil

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