O chanceler russo está na cidade sul-africana de Joanesburgo para participar da reunião de ministros das Relações Exteriores do G20, cujo foco neste ano são o multilateralismo e o direito internacional.
“Os grupos terroristas em todo o mundo se alimentam dos suprimentos de armas ocidentais que vazam da Ucrânia”, disse ele, de acordo com um comunicado do MRE da Rússia.
Segundo Lavrov, a ameaça do terrorismo internacional continua alta devido às ações militares da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) no Afeganistão, no Iraque, na Líbia e na Síria.
“A ameaça do terrorismo internacional continua aguda e adquiriu uma nova dimensão como resultado das aventuras militares da OTAN no Iraque, na Líbia, no Afeganistão e na Síria”, acusou, “em um espírito de dois pesos e duas medidas”.
O Ocidente, acrescentou, divide os militantes em “próprios” e “estranhos”, algo que levou a ataques terroristas na Europa, como os ocorridos contra os gasodutos russos Nord Stream.
Ele também falou sobre as conversas entre Washington e Moscou para estabelecer condições que permitam encerrar a crise ucraniana.
“Há uma compreensão gradual de que só se pode encontrar uma solução abordando as causas profundas da crise na Ucrânia, incluindo o cumprimento dos compromissos de respeito aos direitos humanos, como os direitos linguísticos e religiosos, e a observância do princípio da indivisibilidade da segurança na Europa”, destacou Lavrov.
O chanceler também instou o G20 a “ficar do lado da verdade e da justiça” e a lutar contra “a glorificação do nazismo, do neonazismo e do racismo”, neste ano que marca o 80º aniversário da vitória na Segunda Guerra Mundial (1939–1945).
Segundo Lavrov, o domínio dos conflitos e crises internacionais na agenda global demonstra que a segurança de alguns países não pode ser garantida às custas de outros, mas deve ser equitativa e indivisível para todos.
Fonte: sputniknewsbrasil