Lavrov: espero que as provocações da Ucrânia na usina de Zaporozhie não ocasionem catástrofe


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Moscou espera que as provocações que a Ucrânia está realizando em torno da situação da usina nuclear de Zaporozhie, incluindo o desembarque de militares lá, não levem a um desastre, disse Sergei Lavrov, ministro das Relações Exteriores da Rússia.
“A missão [da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA)] está lá hoje, como eu entendo, você está absolutamente certo. Houve relatos de nossos militares sobre o desembarque de dois grupos subversivos, que foram neutralizados“, de acordo com Lavrov.
“Acho que este é um preço muito alto a pagar para que a comunidade mundial saiba a verdade, mas se é assim que a Ucrânia quer alcançá-la, e quer mostrar o que é, espero que isto não leve a algum desastre”, continuou Lavrov, em discurso aos estudantes do Instituto Estatal de Relações Internacionais de Moscou (MGIMO, na sigla em russo).
O ministro apontou esperar uma avaliação objetiva do que está acontecendo na usina.
Chefe da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Rafael Grossi, durante coletiva de imprensa em Zaporozhie, 1º de setembro de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 01.09.2022

“É a objetividade que esperamos. Embora todos os outros, que estão de alguma forma associados a esta visita, com sua preparação e tentativas de obstruí-la, claramente não querem que a missão da AIEA tire conclusões objetivas”, falou ele.
Sobre a questão da limitação de vistos para russos por parte da União Europeia, Lavrov rejeitou a escolha consciente do “autoisolamento” e de a Rússia fazer o mesmo em relação ao bloco, mas “claro, ninguém aboliu a reciprocidade, que deve ser usada propositalmente contra os instigadores, organizadores e perpetradores de tais sanções antirrussas”, acrescentou.
O ministro das Relações Exteriores também afirmou que os países ocidentais não conseguirão enfraquecer ou isolar a Rússia.
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