“A gente teve poucos aliados políticos, mas os que tivemos foram muito valorosos. A aliança principal foi com o cidadão. Pode ter certeza, a gente vai honrar cada voto. Vamos ser uma voz importante no Senado. Estou muito feliz e orgulhoso”, afirmou o senador eleito, ao chegar à sede do TRE-PR.
Ele criticou institutos de pesquisa e preferiu não declarar apoio a Bolsonaro – ele é adversário de Lula.
O senador eleito também disse que o “sistema político” estava contra ele. “Estávamos esperando a vitória, mas claro, sempre com humildade. Tanto que a eleição foi tensa até o final. Todo o sistema político (estava) contra nós. Chegamos com cabeça erguida, sem dever nada a ninguém”, disse.
No sábado, pesquisa Ipec encomendada pela RPC, afiliada da TV Globo, Dias liderava com 33%, seguido por Moro, com 27% e Paulo Martins, com 13%. Com margem de erro de três pontos porcentuais, Dias e Moro apareciam tecnicamente empatados. Porém, desde a largada da apuração, Moro ficou à frente, com Martins em segundo e Dias em terceiro.
A eleição de Moro reforça uma tendência de renovação nas cadeiras do Paraná no Senado iniciada em 2018, quando Flavio Arns e Oriovisto Guimarães, ambos do Podemos, desbancaram figuras tradicionais como o ex-senador e ex-governador Roberto Requião (PT)e o ex-governador Beto Richa (PSDB), que desistiu da disputa após uma prisão. Alvaro Dias, que soma quatro mandatos, estava no Senado consecutivamente desde 1998.
PROCURADOR
Deltan Dallagnol (Podemos), ex-coordenador da Lava Jato no Ministério Público Federal (MPF), foi o deputado federal mais votado do Paraná, com 344 mil votos, com 99,92% dos votos, seguindo por Gleisi Hofman (PT) e Filipe Barros (PL). Para a Assembleia Legislativa do Estado, o PSD, partido do governador reeleito Ratinho Junior, fez seis entre os dez deputados estaduais mais votados.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.