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O laudo da reprodução simulada da morte da advogada Anic Peixoto Herdy, assassinada em fevereiro na Região Serrana do Rio de Janeiro, concluiu que o caso foi um “feminicídio detalhadamente premeditado”, atribuído a Lourival Fatica. A investigação está sob responsabilidade da 54ª DP (Belford Roxo) e da 105ª DP (Petrópolis).
Entre os indícios mais reveladores estão o buraco onde o corpo foi ocultado, que, segundo os investigadores, já havia sido preparado previamente, e as declarações de Lourival sobre ter recebido ajuda para esconder o cadáver.
Mudança na linha de investigação
Inicialmente tratado como um caso de sequestro, o crime começou a tomar outro rumo após o pagamento de R$ 4,6 milhões em resgate por Benjamin Herdy, marido de Anic, sem que a vítima fosse libertada. Anic permaneceu desaparecida por quase sete meses, até que seu corpo foi encontrado em setembro.
Durante a reprodução simulada, Lourival admitiu ser o autor do homicídio, mas alegou que agiu sozinho para concretar o corpo. Contudo, confrontado pelos peritos, ele mencionou a ajuda de um “rapaz”, antes de ser interrompido por seus advogados.
Denúncia formal e acusações adicionais
Em novembro, a Justiça aceitou a denúncia do Ministério Público contra Lourival, sua companheira Rebecca Azevedo, e seus dois filhos, Maria Luíza e Henrique, por homicídio triplamente qualificado. Segundo a Polícia Civil, Lourival chegou a emitir ordens para sua filha Maria Luíza mesmo após ser preso, em março deste ano.
Defesa contesta laudo e aponta contradições
A advogada de Lourival, Flávia Fróes, afirmou que o laudo da reprodução simulada não consta no inquérito policial nem no processo em curso, e anunciou que questionará a Polícia Civil e a Secretaria de Polícia Civil sobre sua validade.
Sobre a colaboração de terceiros na ocultação do corpo, a defesa alegou que o buraco havia sido cavado anteriormente por um profissional da construção civil, que não teria ciência da finalidade do espaço.
Lourival também apontou Benjamin Herdy, viúvo de Anic, como suposto mandante do crime, mas a promotoria descartou a versão por falta de evidências.
Fonte: gazetabrasil