A Administração Oceânica e Atmosférica (NOAA), dos Estados Unidos, aumentou para 69% a probabilidade de que se desenvolva o fenômeno La Ninã entre os meses de julho, agosto e setembro deste ano. O número foi divulgado em relatório de atualização mensal e apresenta um aumento de 9% em relação à previsão do mês anterior.
No período entre maio, junho e julho, é quase 90% as chances de que a temperatura do oceano esteja em fase de neutralidade. Entretanto, para o período seguinte, entre junho, julho e agosto, existe quase 50% de chance que se forme o La Ninã.
Após o estabelecimento fenômeno, é grande também a probabilidade de que prossiga durante todo o ano e avance até o início de 2025, com mais de 80% de chance de ainda estar presente no período entre dezembro, janeiro e fevereiro, conform mostra gráfico do NOAA.
“Quando este El Niño terminar, é provável que o nosso período de condições neutras não seja longo, prevendo-se que o La Niña se desenvolva até ao final doverão e dure pelo menos até ao início do Inverno”, prevê o NOAA.
Até o mês de abril, a temperatura média da superfície do mar no Pacífico tropical ainda estava 0,8 °C acima da média, condição ainda típica de El Niño. Na última medição, esse número foi de 0,5°, o que, segundo o NOAA, indica que atualmente o fenômeno está no limite da transição para condições neutras.
No gráfico de temperatura mensal do oceano no quadrante Niño 3.4, a comparação das medições reallizadas pelo NOAA desde 1950 mostram diversas mudanças rápidas de El Niño (águas mais quentes) para La Niña (águas mais frias). Isso confirma a tendência de que o La Niña se desenvolverá ainda este ano.
Com essa previsão do estabelecimento do La Niña entre julho, agosto e setembro, diversas culturas no Brasil, sobretudo na parte central do estado, devem apresentar melhores condições em comparação com o ano anteior, especialmente no Centro-Oeste. Entretanto, o fenômeno foi responsável também por uma sequência de perdas por conta da estiagem na região Sul do país.
Fonte: noticiasagricolas