Da Redação
A Bronca Popular
Em uma decisão que reacende o debate sobre os limites do Judiciário e os riscos do ativismo togado, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro, com base em acusações genéricas e frágeis.
O argumento do magistrado aponta “descumprimento de medidas cautelares” e suposta tentativa de “coagir o STF” por parte do ex-presidente durante manifestação em Copacabana, no Rio de Janeiro — alegações amplamente contestadas por juristas e apoiadores.
Moraes excedeu mais uma vez ao tolher a liberdade de expressão do presidente Jair Bolsonaro e agora cassar seu direito de locomoção sem uma causa plausível
A advogada e empresária Karen Rocha, de Tangará da Serra, classificou a decisão como mais um abuso de autoridade por parte do ministro. “Moraes excedeu mais uma vez ao tolher a liberdade de expressão do presidente Jair Bolsonaro e agora cassar seu direito de locomoção sem uma causa plausível. Isso é inconstitucional e inaceitável”, afirmou.
A justificativa apresentada por Moraes menciona um telefonema entre Bolsonaro e seu filho, senador Flávio Bolsonaro, durante o ato o que, segundo o ministro, configuraria tentativa de obstrução à Justiça.
No entanto, as manifestações ocorreram de forma pacífica e legítima, inclusive em Tangará da Serra, onde milhares de cidadãos foram às ruas em defesa da democracia, da Constituição e do direito de manifestação, clamando por anistia aos presos do 8 de janeiro e pedindo o impeachment do ministro.
Karen Rocha repudiou a insinuação de que tais atos configurariam crime: “Coagir o STF e obstruir a Justiça é, sim, crime. Mas se manifestar pacificamente, como fez o povo de Tangará da Serra, não é e nunca será. O que se vê é um rótulo criminoso sendo imposto a brasileiros honrados”, disse.
A prisão domiciliar de Bolsonaro representa um novo patamar de tensão entre o STF e os apoiadores da direita brasileira, reacendendo a polarização e as críticas à suposta instrumentalização da Justiça para fins políticos. “É preciso respeitar a Constituição de 1988 e, acima de tudo, o povo brasileiro”, concluiu a advogada.
Com a medida extrema, cresce a percepção de que Jair Bolsonaro está sendo alvo de perseguição disfarçada de legalidade — um cenário que só agrava a crise institucional em curso no país.
Fonte: abroncapopular