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Levantamento exclusivo da TV Cuiabá e O Documento aponta farra na contratação de pessoal, via indicações, em Várzea Grande; dos mais de 10 mil servidores, 65% entraram sem concurso público
O prefeito de Várzea Grande, Kalil Baracat (MDB), inchou a folha de pagamento do Executivo em 30% entre março de 2021 e março de 2024, ano em que ele concorre à reeleição, puxado pelos contratos temporários, sejam eles admitidos por competência ou por indicação política; e comissionados, os famosos cargos de confiança.
O número de contratados saltou de 2.930 em março de 2021, três meses após ele assumir como prefeito da segunda maior cidade de Mato Grosso, para 6.035 em março de 2024, ou seja, crescimento de 106%.
Entre os cargos comissionados, Kalil Baracat criou 25 novas vagas com salários que variam de R$ 1,8 mil a R$ 16,2 mil. Em 2021 eram 445 cargos, que agora são 470.
Para se ter uma ideia, Kalil assumiu a gestão em 2021 com 7.730 servidores ao todo, metade deles (3.873) eram efetivos, ou seja, pessoas que disputaram concurso público para ingressar na Prefeitura. Agora em março de 2024, são apenas 3.510 efetivos, cerca de 35% de um total de 10.094 servidores que atuam no município.
A redução de 9,37% na quantidade de servidores de carreira da Prefeitura é falta da realização de novos concursos públicos para atender a necessidade especialmente das Secretarias de Educação, Cultura, Esporte e Lazer, e a Secretaria Municipal de Saúde. Ambas as pastas são dominadas por contratos temporários.
Cerca de 60% dos servidores de Várzea Grande têm vínculo precário com a Administração Pública. Em 2021, os contratados eram apenas 31% dos funcionários públicos.
Dos atuais 5.712 servidores da Educação, 1.774 são de carreira (31%) e 67% são contratados, num total de 3.834. Outros 87 são comissionados e apenas 17 servidores de carreira na pasta tem cargo de confiança.
Outra pasta lotada de contratados é a Saúde com 1.537, Assistência Social (256), Serviços Públicos e Mobilidade Urbana (238). Já entre os cargos exclusivamente de confiança o inchaço também se concentra na Educação, Saúde, Administração (39), Assistência Social (36) e Viação e Obras (35).
Outro dado que chama atenção é que apenas 16% dos cargos de confiança são preenchidos por servidores de carreira em Várzea Grande. Já no Governo de Mato Grosso, por exemplo, 60% dos cargos de confiança são reservados para os servidores de carreira.
Fonte: odocumento
