Justiça vê risco de colapso e determina que prefeito revogue demissões de médicos em Várzea Grande


Por decisão da 3ª Vara Especializada da Fazenda Pública de Várzea Grande foram suspensos os atos administrativos que resultaram na demissão de médicos da rede pública de saúde, após as eleições, no município de Várzea Grande. O Sindicato dos Médicos do Estado de Mato Grosso (Sindimed-MT) disse que já vinha alertando para um colapso previsível na saúde pública da cidade neste final de ano, após as demissões feitas pelo prefeito Kalil Baracat (MDB).

“A postura assumida pelo prefeito Kalil após ser derrotado nas urnas demonstra uma infantilidade política coroada de irresponsabilidade. Eu não consigo entender o porquê dessas demissões. Se não eram necessárias, por que foram  realizadas? E se eram necessárias no Natal passado, o que mudou esse ano?”, disse o presidente do Sindimed-MT, Adeildo Lucena.

A tutela de urgência foi concedida e os atos do prefeito foram suspensos, o que para o Sindimed representa uma vitória significativa na luta pelo direito à saúde da população e para segurança dos profissionais.

“Bacana da parte do atual prefeito deixar uma bomba armada para a próxima gestão. Os médicos demitidos acabam por se acomodarem em outros empregos e a prefeita eleita poderá ter dificuldades em recompor a equipe no próximo ano”, destacou Lucena.

De acordo com o Sindimed, a demissão abrupta e sem justificativa plausível comprometeu o atendimento, gerando sobrecarga aos médicos remanescentes e colocando em risco o atendimento aos pacientes

Afirmou ainda que a Direção Clínica do Hospital e Pronto-Socorro Municipal de Várzea Grande já havia alertado para os prejuízos irreparáveis com a saída dos profissionais, apontando a interrupção de serviços essenciais e o risco direto à saúde dos cidadãos. Em decorrência da ausência de planejamento e reposição imediata, setores críticos como UTIs, pediatria e cirurgia geral ficaram desfalcados, especialmente durante finais de semana e plantões noturnos.

Fonte: odocumento

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