Entre nos nossos canais do Telegram e WhatsApp para notícias em primeira mão.Telegram: [link do Telegram]
WhatsApp: [link do WhatsApp]
A Justiça de São Paulo tornou réus, nesta sexta-feira (27), 12 pessoas, incluindo oito policiais civis, sob acusação de envolvimento com o Primeiro Comando da Capital (PCC), lavagem de dinheiro, corrupção e outros crimes. A decisão ocorre após uma investigação conduzida pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e tem ligação com o assassinato de Vinicius Gritzbach, delator do PCC executado no ano passado.
O Ministério Público havia denunciado os suspeitos no último dia 21, destacando que o grupo utilizava a estrutura do Estado para favorecer a facção criminosa. Além da ação penal, o órgão solicitou que os acusados paguem ao menos R$ 40 milhões por danos morais coletivos e prejuízos causados pelos crimes.
Segundo a denúncia, os policiais civis e empresários operavam um esquema criminoso em que agentes públicos garantiam impunidade a integrantes do PCC e desviavam investigações, enquanto os beneficiários do esquema enriqueciam por meio de atividades ilegais. O Ministério Público descreveu a dinâmica como uma “relação simbótica” entre servidores e criminosos.
O esquema não se limitava à corrupção e à lavagem de dinheiro, mas também envolvia tráfico de drogas, homicídios e sequestros. Entre os crimes investigados está o assassinato do empresário Vinicius Gritzbach, executado em 8 de novembro do ano passado, a tiros, no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos. Gritzbach havia fechado um acordo de delação premiada com o Ministério Público e delatado nomes de policiais e integrantes da facção que o extorquiram.
A investigação sobre o homicídio de Gritzbach segue sob responsabilidade do Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Polícia Civil, enquanto a apuração sobre o esquema de lavagem de dinheiro e corrupção envolvendo o PCC é conduzida pela Polícia Federal.
Fonte: gazetabrasil