Conteúdo/ODOC – O desembargador Rui Ramos Ribeiro, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), decidiu negar o pedido de habeas corpus e manter a prisão preventiva do sargento da Polícia Militar, Cássio Teixeira Brito. Ele é suspeito de envolvimento em uma tentativa de chacina que ocorreu em Rondonópolis no final de dezembro do ano passado, onde duas pessoas em situação de rua foram mortas a tiros e outras duas foram feridas.
A decisão monocrática do magistrado da Segunda Câmara Criminal foi proferida no último dia 2, rejeitando os argumentos da defesa de que a prisão de Cássio seria ilegal. Os advogados do sargento haviam solicitado a revogação da detenção com a imposição de medidas cautelares, porém o pedido foi negado pelo desembargador.
Segundo as investigações, motivados por ódio contra pessoas em situação de vulnerabilidade, Cássio e outro agente do Batalhão de Operações Especiais (BOPE), Elder José da Silva, teriam realizado os disparos que resultaram nas mortes de Thiago Rodrigues Lopes e Odinilson Landvoigt de Oliveira, além de terem ferido Willian Pereira de Oliveira Filho e Oziel Ferle da Silva.
O crime ocorreu em 27 de dezembro, quando os policiais utilizaram uma Land Rover para circular na cidade e efetuaram diversos disparos ao avistarem as vítimas. Ambos os militares foram presos dias após o ocorrido.
Ao analisar o pedido de revogação da prisão preventiva, o desembargador Rui Ramos considerou que o crime foi cometido com grave violação à sociedade, ressaltando que espera-se dos agentes militares a proteção e a manutenção da ordem pública, o que não foi observado no caso em questão.
Rui Ramos enfatizou ainda que a materialidade e autoria dos homicídios foram claramente demonstradas, justificando a necessidade de manutenção da prisão preventiva para resguardar a ordem pública, proteger as vítimas sobreviventes e garantir a aplicação da lei penal, dada a gravidade do caso.
Fonte: odocumento
