Justiça mantém prisão de mulher acusada de mandar matar empresário no Shopping Popular de Cuiabá


Conteúdo/ODOC – A Justiça de Mato Grosso negou o pedido de habeas corpus e manteve a prisão preventiva de Jocilene Barreiro da Silva, de 60 anos, acusada de ser uma das mandantes dos assassinatos de Gersino Rosa dos Santos, conhecido como Nenê Games, e Cleyton de Oliveira de Souza Paulino, em novembro de 2023.

As execuções ocorreram no Shopping Popular de Cuiabá, um dos principais centros comerciais da capital. A decisão foi proferida nesta segunda-feira (23) pelo juiz Alexandre Ferreira Mendes Neto, da Primeira Câmara Criminal.

A defesa de Jocilene havia solicitado a substituição da prisão preventiva por medidas cautelares ou prisão domiciliar, alegando excesso de prazo, que a ré é primária, colabora com as investigações, além de estar debilitada física e mentalmente.

No entanto, o magistrado considerou que não foram apresentadas provas suficientes que comprovassem o estado de saúde da acusada, nem que medidas alternativas à prisão garantiriam a ordem pública e a aplicação da lei penal.

De acordo com as investigações, os assassinatos teriam sido motivados por vingança, já que Nenê Games teria sido o mandante da morte de Girlei Silva da Silva, filho de Jocilene e irmão de Vanderley, também acusado de participação no crime.

Girlei foi assassinado dias antes dos homicídios de Gersino e Cleyton, após uma briga envolvendo um celular com defeito. Buscando vingar a morte do filho, Jocilene teria, supostamente, encomendado a execução de Nenê Games.

A defesa de Jocilene, representada pelo advogado Mauro Sandres Melo, nega qualquer envolvimento da ré no duplo homicídio. O advogado argumenta que Jocilene estava com a saúde fragilizada na época dos fatos, o que impossibilitaria sua participação no crime. Além disso, a defesa sustenta que Silvio Junior Peixoto, executor confesso dos assassinatos, declarou que Jocilene não teve envolvimento nas tratativas do crime.

“Fica claro que a ré foi apenas levada por seu filho para Cuiabá, sem qualquer conhecimento do plano que Vanderley havia traçado com Silvio”, afirmou o advogado. Segundo a defesa, Vanderley teria sido o único responsável por contratar o executor, oferecendo R$ 10 mil pelo serviço.

Além disso, Vanderley, em depoimento, também afirmou que sua mãe desconhecia qualquer plano de vingança. A defesa ainda destacou a ausência de provas materiais que liguem Jocilene diretamente aos homicídios.

O duplo aconteceu em novembro do ano passado. Gersino Rosa dos Santos e Cleyton de Oliveira de Souza Paulino foram mortos a tiros em plena luz do dia, no local de trabalho. As investigações ligaram Jocilene e Vanderley à contratação de Silvio Junior Peixoto para realizar as execuções. O caso segue em andamento, com os réus presos preventivamente.

A defesa também solicitou a impronúncia de Vanderley, alegando que ele não teria participado ativamente da execução, apenas das tratativas iniciais. Contudo, o pedido ainda não foi analisado pela Justiça.

 

Fonte: odocumento

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