Estão suspensas as organizadas Geral do Grêmio, Rasta, Garra Tricolor e Torcida Jovem. Os integrantes dessas torcidas não poderão acessar qualquer setor do estádio por meio de biometria. O ingresso de faixas, bandeiras ou qualquer uniforme que identifique as torcidas organizadas, bem como o de qualquer instrumento de percussão, também foi proibido.
A decisão é do juiz Marco Aurélio Marins Xavier, da 14ª Vara Criminal e Juizado do Torcedor e Grandes Eventos do Foro da Central da Comarca de Porto Alegre. “Com efeito, permitir o funcionamento normal das torcidas significará banalizar a violência, como se fosse algo corriqueiro na existência desses grupos, abrindo possibilidade de novos embates”, escreveu Marins Xavier em sua decisão.
“Os torcedores genuínos, que vêm aos estádios para torcer, não podem ser atingidos por estes atos de violência, de tamanha gravidade que, inclusive, submeteram crianças a situações de risco, pela violência empregada. Assim, é necessária a suspensão do funcionamento, para evitar riscos à ordem pública, manifestados na reiteração dos atos de violência. Outrossim, também a apuração dos envolvidos é outra necessidade premente, para que se possa responsabilizar todos os torcedores que protagonizaram os atos de barbárie, com o que as lideranças também devem estar comprometidas”, prosseguiu o juiz.
A confusão iniciou ainda no primeiro tempo entre torcedores do próprio clube gaúcho. A partida chegou a ser interrompida em duas oportunidades até a briga fosse controlada. No intervalo do jogo, contudo, o tumulto teve sequência.
Ainda no domingo, o Grêmio emitiu nota de repúdio à ação dos envolvidos na briga. O clube gaúcho informou que registrou boletim de ocorrência e encaminhou a identificação dos agressores. “Seguiremos colaborando com os órgãos de segurança e tomaremos todas as medidas necessárias para que atos como os desta tarde (domingo) não manchem o histórico de participação e apoio em conquistas memoráveis por parte da nossa torcida, reconhecida como a mais fiel do Brasil”, diz trecho do comunicado, que reiterou ainda que “este tipo de comportamento, praticado inconsequentemente por uma pequena parcela do público presente na Arena, pode causar inúmeras perdas, inclusive desportivas”.