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Um juiz federal de Nova York rejeitou as ações movidas pelo ator e diretor Justin Baldoni e sua produtora, a Wayfarer, contra os atores Blake Lively, Ryan Reynolds, a publicista Leslie Sloane e o jornal The New York Times. A decisão representa uma derrota significativa para Baldoni em uma disputa judicial de grande repercussão.
O processo, apresentado por Baldoni — conhecido por seu papel na série Jane the Virgin e pela direção da adaptação de It Ends With Us — incluía acusações de extorsão e difamação. Ele pedia US$ 400 milhões em indenização após Lively denunciá-lo publicamente por assédio sexual e retaliação, em dezembro de 2024.
Baldoni também acionou judicialmente o New York Times, exigindo outros US$ 250 milhões, sob alegação de difamação na cobertura do caso. No entanto, o juiz Lewis J. Liman acatou o pedido de arquivamento apresentado pelos réus, argumentando que as acusações não atendiam aos critérios legais para ações por difamação.
Segundo a sentença, as declarações de Lively estavam protegidas por privilégio legal, por terem sido feitas em uma denúncia formal à Comissão de Direitos Civis. Além disso, o juiz concluiu que não havia evidências de que Reynolds, Sloane ou o New York Times tivessem agido com negligência grave ou tivessem motivos para duvidar da veracidade das informações publicadas. “Não há alegação de que os réus tenham questionado seriamente a veracidade do que disseram, com base nas informações que tinham à disposição”, escreveu Liman.
Apesar de rejeitar integralmente os pedidos iniciais, o magistrado autorizou que a equipe jurídica de Baldoni revise pontos específicos da ação relacionados a suposto descumprimento contratual e interferência ilícita. Para isso, fixou o prazo até 23 de junho para a apresentação de uma nova versão da queixa. Até o momento, os advogados de Baldoni não se manifestaram publicamente.
Por outro lado, os representantes de Blake Lively celebraram a decisão como uma “vitória total”. Em nota, os advogados Esra Hudson e Mike Gottlieb afirmaram que a Justiça confirmou a natureza “fraudulenta” da ação e anunciaram que buscarão o ressarcimento das custas judiciais, além de indenizações punitivas contra os autores do processo.
A defesa de Leslie Sloane também se manifestou. A advogada Sigrid McCawley afirmou que a decisão comprova que sua cliente jamais cometeu difamação e foi injustamente envolvida no caso. Já o New York Times reforçou a integridade de sua cobertura e o compromisso com a veracidade dos fatos desde o início do processo. Os advogados de Lively, por sua vez, classificaram o processo movido por Baldoni como um “ataque vingativo e infundado”.
A disputa judicial continua em curso, com um julgamento previsto para março de 2026, no qual Blake Lively e Justin Baldoni devem prestar depoimentos. Recentemente, Lively retirou duas acusações da queixa original — referentes a provocação intencional e negligente de sofrimento emocional.
A equipe de Baldoni sustenta que a atriz estaria usando o sistema judiciário de forma abusiva para manipular a opinião pública e proteger interesses pessoais. Apesar do revés, seus advogados afirmam que ainda dispõem de instrumentos legais para tentar reverter parte das decisões.
A rejeição das ações nesta fase do processo representa um divisor de águas, reduzindo significativamente o alcance das acusações de Baldoni e abrindo caminho para eventuais penalidades financeiras contra os responsáveis pelo processo considerado abusivo.
Fonte: gazetabrasil