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Um júri composto por sete mulheres e cinco homens absolveu, nesta terça-feira (18), o rapper A$AP Rocky, nome artístico de Rakim Mayers, da acusação de agressão com arma de fogo. O julgamento ocorreu em Los Angeles e envolveu um incidente ocorrido em 2021, em Hollywood, no qual o artista foi acusado de disparar uma arma semiautomática contra Terrell Ephron, conhecido como A$AP Relli.
De acordo com a ABC News, a promotoria argumentou que Mayers efetuou o disparo durante uma discussão que marcou o fim da amizade e da colaboração musical entre ele e Ephron. Desde o início do processo, o rapper declarou inocência. Caso fosse condenado, poderia pegar até 24 anos de prisão. Durante o julgamento, Ephron afirmou que um tiro atingiu de raspão sua mão, mas a suposta arma utilizada nunca foi encontrada pelas autoridades.
Controvérsia sobre a existência da arma
Um dos principais pontos debatidos foi a ausência da arma no caso. Enquanto a acusação sustentava que Mayers usou uma arma de fogo real, a defesa alegou que o objeto em questão era um “artefato cenográfico” carregado pelo rapper para segurança pessoal.
A falta da arma complicou o caso para a promotoria, que baseou sua acusação no depoimento de Ephron e em imagens de segurança que, segundo a defesa, não apresentavam evidências conclusivas de que um disparo havia ocorrido. Além disso, a credibilidade de Ephron foi questionada pela defesa, que argumentou que as acusações poderiam ter sido motivadas por disputas financeiras e desavenças pessoais.
Mayers e Ephron cresceram juntos e foram membros do coletivo de rap A$AP Mob, originário do Harlem, em Nova York. No entanto, divergências pessoais e econômicas acabaram levando ao rompimento da relação. Para a defesa, esse histórico foi um fator determinante para que o júri considerasse as alegações de Ephron duvidosas.
Recusa de acordo e estratégia da defesa
O júri deliberou por um dia antes de emitir o veredicto de não culpado. Segundo a ABC News, antes do julgamento, a promotoria havia oferecido um acordo no qual Mayers pegaria 180 dias de prisão. No entanto, o rapper recusou.
Joe Tacopina, advogado de defesa, afirmou que seu cliente rejeitou o acordo porque “é realmente inocente” e confiava que o júri chegaria à mesma conclusão. A estratégia da defesa, que focou em desqualificar as provas e o depoimento de Ephron, provou-se eficaz.
O veredicto livra Mayers de uma condenação que poderia afetar significativamente sua carreira e sua vida pessoal. Com a absolvição, ele evita não apenas a prisão, mas também os impactos negativos que uma sentença poderia trazer para sua reputação e suas oportunidades profissionais.
Repercussão e futuro de A$AP Rocky
O julgamento também trouxe visibilidade para a relação do rapper com a cantora Rihanna, que não se pronunciou publicamente sobre o caso. A presença de Mayers no tribunal gerou interesse midiático, especialmente após a chegada de seus dois filhos com a artista.
Além do aspecto legal, o caso evidenciou as tensões dentro do coletivo A$AP Mob. O que começou como uma parceria artística terminou em uma batalha judicial que expô conflitos internos do grupo.
Agora, com o processo encerrado, A$AP Rocky pode retomar sua carreira sem a ameaça de uma condenação penal. Durante o julgamento, o rapper optou por não testemunhar, uma estratégia que visava evitar que seu depoimento fosse usado contra ele.
Fonte: gazetabrasil