O deputado estadual, Júlio Campos (União), afirmou que pode deixar o União Brasil caso seu grupo político não tenha espaço para disputar uma vaga majoritária nas eleições de 2026. A declaração foi dada nesta quinta-feira (20), durante entrevista à imprensa.
Júlio, que integra a legenda ao lado dos deputados Eduardo Botelho, Dilmar Dal’Bosco e do senador Jayme Campos, defende que o partido lance uma candidatura própria para a sucessão do governador Mauro Mendes. No entanto, Mendes já declarou apoio ao vice-governador Otaviano Pivetta (Republicanos), o que pode dificultar os planos do grupo.
“Eu sou fundador do PDS, PFL, Democratas e agora União Brasil. Mas se não houver espaço para mim e para meu grupo na disputa majoritária em 2026, só nos restará um caminho”, disse o parlamentar.
Embora reconheça a possibilidade de mudança de sigla, Júlio garantiu que, até o momento, não há insatisfação com o União Brasil. “Os insatisfeitos que saiam. Existem várias opções de partidos. Mas quem não quer um Júlio Campos, um Jayme Campos, um Botelho ou um Dilmar Dal’Bosco?”, questionou.
O deputado ressaltou que a decisão sobre um possível desligamento será tomada em conjunto com seus aliados. “Nosso grupo está consolidado em Mato Grosso, e queremos seguir juntos. Mas, se necessário, podemos nos separar sem mágoas ou ressentimentos”, pontuou.
Júlio também afirmou que não se opõe ao apoio do União Brasil à candidatura de Pivetta, desde que haja diálogo interno para que a decisão reflita o consenso da legenda. “Não há problema nenhum em Pivetta ser nosso candidato ao governo. Somos amigos, mas tudo precisa ser debatido. Não pode ser uma imposição”, concluiu.
Fonte: odocumento