Juíza dá “bronca” em advogados de suposto intermediário, mas autoriza novo interrogatório


Conteúdo/ODOC – A juíza Anna Paula Gomes de Freitas, da 12ª Vara Criminal de Cuiabá autorizou que o empresário Hedilerson Fialho Martins Barbosa preste um novo depoimento na ação penal que investiga o assassinato do advogado Roberto Zampieri, em Cuiabá. Ele é acusado de ser intermediário do crime. A foi publicada no Diário de Justiça desta quarta-feira (28).

A magistrada acolheu um pedido da defesa do empresário, mas antes deu uma “bronca” nos advogados Neyman Augusto Monteiro e Nilton Ribeiro de Souza.

É que eles alegaram que não tiveram acesso ao relatório técnico da extração de dados do celular do coronel do Exército Etevaldo Luiz Caçadini – apontado como financiador da execução – no dia do primeiro interrogatório.

Barbosa, Caçadini e o pedreiro Gilberto  Antônio Gomes da Silva, que confessou ter assassinado Zampieri, foram interrogados no dia 22 de julho.

Na decisão, a juíza afirmou, porém,  que os advogados do empresário tiveram sim acesso ao relatório, inclusive, bem antes da audiência de instrução.

“Contudo, o aparente descuido da defesa, ao não fazer as perguntas pertinentes a respeito do que entende que tal documento atinja seu cliente, embora na ocasião tivesse conhecimento a respeito dele, não pode prejudicar o réu, em seu sagrado direito à ampla defesa, principalmente diante da não oposição da parte contrária, razão pela qual, o pleito deve ser deferido”, escreveu a magistrada.

Ana Paula agendou o novo interrogatório para o dia 10 de setembro às 16h, no Fórum da Capital.

O crime

Roberto Zampieri foi assassinado no dia 5 de dezembro de 2023 em frente de seu escritório, no bairro Bosque da Saúde, na Capital. Ele havia acabado de sair do escritório e entrado em seu Fiat Toro, quando foi atingido por dez disparos de pistola.

Etevaldo Luiz Caçadini de Vargas, Hedilerson Fialho Martins Barbosa e Antônio Gomes da Silva foram denunciados e são réus pelo crime de homicídio quadriplamente qualificado. Eles estão presos.

Já o fazendeiro Aníbal Manoel Laurindo foi indiciado pela Polícia Civil por ser o suposto mandante do crime. Ele responde um processo separado e cumpre apenas medidas cautelares.

A suspeita é de que o crime teria sido cometido por conflito envolvendo disputa de terra.

Fonte: odocumento

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