A defesa de José Dumont alega, em pedido de habeas corpus feito no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro na última sexta-feira (16/9), que o ator se considera padrinho da criança de 12 anos da qual é acusado de abusar sexualmente.
Segundo o Jornal Extra, os advogados de Dumont relatam na peça processual que o cliente conhece os pais da criança há mais de um ano, razão pela qual passou a ajudar a família com presentes e dinheiro. O pedido de liberdade foi negado liminarmente pela Justiça no último sábado (17/9).
Dumont foi preso em flagrante pela Polícia Civil do Rio de Janeiro na última quinta-feira (15/9) por armazenamento de pornografia infantil. Após a prisão do ator, a coluna Na Mira revelou que ele é acusado de abusar de um garoto de 12 anos.
0
De acordo com a investigação, Dumont teria se aproveitado do prestígio e reconhecimento como ator para atrair a atenção do adolescente, que era seu fã. A polícia aponta ainda que o artista desenvolveu relacionamento próximo com o menino valendo-se da vulnerabilidade financeira da vítima. As investidas, como beijos na boca e carícias íntimas, acabaram sendo captadas por câmeras de vigilância.
No pedido de habeas corpus, os advogados afirmam que o garoto acompanhava Dumont de forma usual até a portaria de seu prédio e que ambos se despediam com beijos e abraços, tudo “sem qualquer conotação sexual”.
Ator nega as acusações
José Dumont alegou que as fotos e os vídeos com pornografia infantil encontrados com ele serviam como “estudo para a futura realização de um trabalho acerca do tema, sem tabus ou filtros”. A afirmação foi feita durante depoimento do artista prestado à polícia na quinta-feira (15/9), assim que foi preso em flagrante com o conteúdo.
O trabalho ao qual o ator de 72 anos se refere seria o papel na novela Todas as Flores, que estreia em 17 de outubro. Na produção da Globo para o Globoplay, Dumont interpretaria um homem que abusa de crianças de rua, mas ele foi retirado da trama após a prisão.
O artista também é acusado de pedofilia em inquérito que corre na Paraíba. Como noticiado pelo Blog do Noblat, o caso teria ocorrido em 2009, mas a diligência policial teve início apenas em 2013, e segue aberta porque a Justiça ainda não conseguiu ouvir Dumont sobre o caso.