Jeep Renegade vai sair de linha com a chegada do Avenger?


Você já viu aqui em Autoesporte que a linha Jeep vai crescer com a chegada do Avenger. Até alguns meses atrás, acreditava-se que o novo SUV pequeno ocuparia o lugar do Renegade como modelo de entrada da marca.

No entanto, a Jeep desfez qualquer polêmica e confirmou não apenas a produção local do Avenger, como também uma nova geração do Renegade. Ou seja, está mais do que claro que os dois SUVs vão conviver. “Haverá uma complementação de gama com os dois. Queremos trazer um novo público para nossas lojas”, disse Pedro Silva, diretor de marketing da Jeep, durante evento na fábrica de Goiana (PE).

Ou seja, a partir de 2026, quando o Avenger chegar às lojas com as unidades feitas em Porto Real (RJ), o modelo vai ocupar uma faixa por volta dos R$ 130 mil — a mesma de versões mais caras de Volkswagen Tera, Renault Kardian e Fiat Pulse. Para não haver uma sobreposição muito grande de preços, as configurações de entrada do Renegade, que hoje começam em R$ 120 mil, devem deixar de existir.

Isso deve acontecer até que a próxima geração do Renegade seja lançada — algo esperado para, no mínimo, 2027. O novo SUV vai trocar não só a base Small Wide pela CMP (ou Smart Car), como também a fábrica na qual é produzido. Sai Goiana, entra Betim (MG), onde vai compartilhar linha com os novos SUVs da Fiat: o vindouro Fastback e um inédito modelo de 7 lugares.

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Enquanto a nova geração do Renegade não chega, os dois SUVs vão conviver com medidas consideravelmente próximas. Se mantiver as especificações da versão europeia, o Avenger terá 4,08 metros de comprimento e 2,56 m de entre-eixos. Como referência, o Renegade é menos de 20 cm mais comprido (4,27 m) e tem um mísero centímetro a mais no entre-eixos. Largura (3 cm a mais no Renegade) e altura (17 cm extras no Renegade) têm diferenças mais consideráveis.

Curiosamente, o Avenger leva a melhor no porta-malas, com um compartimento de 380 litros, 60 litros a mais sobre o Renegade.

Os dois modelos vão se diferenciar nas motorizações. Como opção de entrada, o Avenger terá sob o capô o conhecido motor 1.0 turbo flex de três cilindros da família GSE, amplamente usado nos compactos da Stellantis. São 130 cv de potência e 20,4 kgfm de torque, com direito a um sistema híbrido leve de 12 volts. O câmbio é automático do tipo CVT que simula 7 marchas.

O Renegade seguirá com o 1.3 turbo flex da mesma família, mas com quatro cilindros. Para a linha 2026, no entanto, é esperada mais uma reestilização, além da adição de um conjunto híbrido flex mais robusto, de 48 volts, que possibilita tração em modo elétrico. As novidades ajudariam nesse início de reposicionamento do modelo.

Vale lembrar que a sobreposição de produtos é algo comum na indústria automotiva. Executivos afirmam que, muitas vezes, é preferível que o cliente fique entre dois modelos da mesma marca, em vez de saírem da concessionária para comprar na concorrência.

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Fonte: direitonews

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