Jeep Renegade usado: veja preços na Tabela Fipe e pontos fortes do SUV


Goste ou não, é indiscutível que o Jeep Renegade revolucionou a forma que o brasileiro compra carro. Para muitos, o SUV compacto foi a primeira experiência no segmento que hoje é dominante em vendas no país. Entre seus grande méritos, o Jeep entregou a robustez de um utilitário em um carro de porte compacto, perfeito para os grandes centros urbanos.

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Sua história começou em 2015, quando a Jeep resolveu lançar seu primeiro SUV fabricado exclusivamente fora dos Estados Unidos. Desde então, o carro que ganhou o coração de inúmeros brasileiros já vendeu mais de 484 mil unidades.

Na época, o utilitário esportivo foi apresentado ao público com diferentes opções de motorização. Entre elas estava o extinto 1.8 16V E.torQ Evo Flex. A opção esteve disponível no Renegade até o fim de 2021, já que logo no início de 2022 passou a valer a fase L7 do Proconve. Com isso, diversos modelos deram adeus aos motores mais poluentes.

O conjunto 1.8 Flex esteve presente no SUV por seis anos. Na época em que o Renegade foi lançado, a marca promoveu atualizações neste motor, que estava em linha desde a década anterior em outros carros, como o Bravo.

Dessa forma, o novo 1.8 16V E.torQ Evo incorporou incrementos que trouxeram mais agilidade no arranque, retomadas mais rápidas e 5% de redução de consumo. Isso foi possível por causa da adoção de um cabeçote totalmente novo. Com etanol, o SUV era capaz de entregar 132 cv e 19,1 kgfm.

No Renegade o motor também recebeu novos pistões, nova câmara de combustão, novos coletores de admissão e escape, válvulas maiores, velas de ignição menores e o variador de fase no comando de válvulas. As evoluções culminaram no aumento da taxa de compressão do motor (de 11,2:1 para 12,5:1), e curva de torque muito mais plana, na qual 82% da força máxima estava disponível a 1.500 rpm.

De início, ele podia trabalhar em conjunto com um câmbio manual de cinco marchas, bem como com a transmissão automática de seis marchas.

Assim que o Renegade chegou ao mercado o conjunto 1.8 estava disponível em três versões: Sport MT, Sport AT e Longitude AT.

No caso das duas primeiras opções, independente da opção de transmissão, a versão Sport era dotada de ar-condicionado, direção elétrica, travas e vidros elétricos nas quatro portas, retrovisores externos elétricos e sistema de áudio com seis alto-falantes, Bluetooth, USB e MP3.

A configuração básica também já contava com volante com ajustes de altura, profundidade, faróis de neblina, freio de estacionamento elétrico, luzes diurnas, piloto automático com limitador de velocidade, sensor de estacionamento traseiro, banco traseiro com encosto bipartido 60/40 e espelho iluminado no quebra-sol.

No quesito segurança o SUV também não deixava a desejar, oferecendo: airbags frontais, freios ABS, EBD, BAS, redução eletrônica de capotamento (ERM), controle eletrônico de estabilidade (ESC) e assistente de partida em rampas (HSA).

Também estavam inclusos ISOFIX, sistema de alerta de frenagem rápida (RAB), controle oscilação trailer (TSC), telecomando com alarme, cinto traseiro central de três pontos, cintos dianteiros com ajuste de altura e terceiro apoio de cabeça traseiro. As rodas de 16 polegadas eram de liga-leve com pneus 215/65 R16.

A versão Longitude também tinha um pacote bem interessante: ar-condicionado digital automático de duas zonas, sistema multimídia com tela colorida sensível ao toque de cinco polegadas, GPS, Bluetooth, USB e comando de voz.

Completava o pacote o volante multifuncional revestido em couro com aletas para troca de marchas, câmera de ré, porta-objetos no assento do passageiro dianteiro, tapetes de borracha e tomada de 12 volts no porta-malas. As rodas de 17 polegadas são de liga-leve com pneus 215/60.

Ou seja, não era necessário partir para as configurações topo de linha do veículo para ter um modelo bem equipado.

Em relação aos preços, as três versões citadas chegaram ao mercado com valores entre R$ 69.990 e R$ 80.900. Hoje, pelo valor da configuração mais básica, não é possível levar para casa nem mesmo o carro mais barato do país.

Apenas um ano depois, a partir da linha 2017 o carro dotado de motor 1.8 ficou ainda mais interessante, já que o propulsor passou por aprimoramentos e ficou 5% mais potente, rendendo 7 cv a mais. Com isso, a potência máxima passou a ser 139 cv a 5.750 rpm, com etanol. O torque máximo subiu para 19,3 kgfm a 3.750 rpm. Também houve redução no consumo, que chegava a ser de 10% dependendo da versão.

A linha também foi responsável por dois grandes feitos: deixar as versões já conhecidas mais bem equipadas, bem como apresentar a nova versão dotada de motor 1.8.

No primeiro caso, as versões Sport ganharam porta-óculos, barras longitudinais de teto, banco do passageiro rebatível e com porta-objetos sob o assento, central multimídia Uconnect 5” com tela de toque e GPS.

Já a nova versão de topo com o motor 1.8 Flex, a Limited, tinha pintura prata na grade dianteira, capas dos retrovisores externos e barras de teto.

Entre os equipamentos a mais que a versão Longitude 1.8, destaque para os bancos de couro chave de presença Keyless Enter’n Go, tela de TFT de 7 polegadas, colorida e configurável no quadro de instrumentos faróis de xenônio, sensores de faróis e de chuva, rebatimento elétrico dos retrovisores e espelho interno eletrocrômico. As versões Longitude e Limited também poderiam ser adquiridas com teto solar.

Já a linha 2018 teve como destaque a série especial Night Eagle, baseada na Longitude, com o diferencial do visual escurecido.

No mesmo ano a marca também alterou a nomenclatura da versão de entrada, anteriormente conhecida apenas como 1.8 Flex , que passou a ser chamada de Custom (descontinuada na linha 2019). Foi nesse período também que o modelo passou por grandes reformulações em seu design na linha 2020.

Na parte frontal o destaque era a grade com um redesenho nas tradicionais sete fendas, um pouco mais baixas.

O para-choque dianteiro também foi remodelado, permitindo que o SUV tivesse um dos mais amplos ângulos de ataque da categoria, de até 28°.As rodas ganharam novos desenhos, com destaque para o Limited, que exibia aros de 19” polegadas, medida exclusiva no segmento, até então.

Também houve aprimoramentos no quesito conectividade, onde as versões Limited e Longitude passaram a contar com a tela multimídia de 8,4 polegadas.

A linha 2020 pouco mudou. A maior novidade ficou por conta das novas lanternas traseiras de LED já a partir da versão Longitude Flex, que também ganhou os faróis full LED de série.

Já a versão Sport recebeu novo pacote Uconnect, com tela de 7 polegadas, ar-condicionado digital dual zone e sensores traseiros de estacionamento.

Por fim, foi no segundo semestre de 2020 que a marca lançou no mercado a linha 2021 do Renegade. Ela foi a última a contar com a motorização 1.8 no SUV. A partir da linha 2022, o carro passou a ser ofertado exclusivamente com motor turbo flex, que é oferecido até hoje.

Em seu histórico o modelo também passou por alguns recalls. Em 2018, foi detectado que, na hipótese de falha dos relés, poderia ocorrer o funcionamento irregular do motor e, em casos extremos, o seu desligamento inesperado, comprometendo as condições de dirigibilidade do veículo e aumentando o risco de colisão, com consequentes danos físicos e materiais ao condutor, aos passageiros e a terceiros.

Já em 2019 foi identificada a possibilidade da desconfiguração dos parâmetros de funcionamento do software da central do airbag, comprometendo o acionamento dos airbags e dos pré-tensionadores dos cintos de segurança do veículo, em caso de colisão ou capotamento, aumentando o risco de danos físicos ao condutor e aos passageiros. Quase 38 mil unidades do SUV compacto estavam envolvidas.

A terceira convocação aconteceu em 2020, quando a marca identificou a necessidade da substituição do conjunto da pinça de freio traseira, lado direito, de 1.877 unidades.

Linha 2016

Linha 2017

Linha 2018

Linha 2019

Linha 2020

Linha 2021

O sucesso do SUV de entrada da Jeep ainda é colocado em cheque até os dias de hoje. Mas contra fatos não há argumentos: ele foi um modelo inovador em seu segmento, de design único, e que abriu portas para a chegada de outros carros que seguiram o mesmo caminho. Para muitos, o SUV foi a porta de entrada para a aquisição de um primeiro utilitário esportivo.

O Renegade é recheado de itens de série desde a versão de entrada e também se destacou por ser confortável e espaçoso, sem deixar de lado a versatilidade para os grandes centros urbanos.

Se mesmo com a extinção das versões 1.8, se você busca uma unidade do modelo no mercado de usados, procure pelas configurações após a linha 2017. Dessa forma, terá um conjunto mecânico mais atualizado, e que te entrega mais potência e certa economia de combustível, mesmo que sucinta.

As configurações Sport são completas, mesmo que sejam versões básicas. Elas podem ser uma boa opção para quem deseja economizar na hora da nova aquisição.

Por fim, a partir da linha 2020 o visual também foi modificado, o que pode ser uma boa opção para quem deseja um modelo mais próximo da linha atual. Porém, independente da sua escolha, o DNA aventureiro da marca estará presente no veículo que exala identidade única.

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Fonte: direitonews

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