Jeep Renegade 1.3 Turbo T270: 5 razões para comprar e 5 para pensar bem


O segmento de SUVs evoluiu a tal ponto que algumas figurinhas carimbadas acabaram perdendo certo espaço. Uma delas é a estrela do nosso texto. Mesmo assim, com novos rivais e concorrentes trabalhando em atualizações, o Jeep Renegade ainda é opção de compra muito interessante – especialmente em sua versão de entrada, quase imbatível no preço: R$ 118.290.

A opção não tem sequer um sobrenome. É apenas Jeep Renegade 1.3 Turbo T270 4×2. No entanto, é dona de alguns predicados bem bacanas em troca dos menos de R$ 120 mil pedidos para levá-la para casa. Só que, claro, carrega algumas questões que colocam sua compra em xeque. Muitas delas, vale frisar, vêm do fato de que o SUV compacto irá completar uma década de mercado este ano.

Justamente por isso, Autoesporte separou cinco razões para comprar o Jeep Renegade de entrada e cinco para pensar bem antes de levar o SUV para casa. Portanto, caso esteja de olho em um modelo do segmento, fique atento a este breve guia com os prós e os contras deste que foi o utilitário esportivo mais vendido do Brasil em 2021. Se liga!

O Jeep Renegade 1.3 Turbo T270 4×2 vem equipado com o ótimo motor 1.3 turbo, bicombustível, quatro cilindros em linha e injeção direta. Mesmo após as mudanças em decorrência do Proconve L8 continua com bons números: rende 176 cv de potência tanto com gasolina quanto com etanol. O torque segue o mesmo, de 27,5 kgfm.

No entanto, ainda há opções que atendem ao L7 no mercado. Nesse caso, o 1.3 turbo entrega 180 cv com gasolina e 185 cv com etanol a 5.750 rpm, e o pico de 27,5 kgfm é atingido a 1.750 rpm. Desse modo, o Renegade 1.3 T270 4×2 faz o 0 a 100 km/h em 8,8 segundos. Um tempo considerável principalmente se compararmos com os 10 segundos do Volkswagen T-Cross Sense 200 TSI.

São poucas as opções no segmento que trazem tantas vantagens por preço tão interessante. Conforme já mencionamos, o Jeep Renegade de entrada parte de R$ 118.290. O também já citado Volkswagen T-Cross Sense 200 TSI, por exemplo, custa R$ 119.990.

O Nissan Kicks Play 1.6 Active Plus CVT, por sua vez, é bem equipado, pode ser comprado por R$ 117.990, mas tem visual defasado ante a próxima geração. Vale lembrar que o SUV produzido em Goiana (PE) é muito mais potente do que os rivais citados.

E não é só isso que atesta o custo-benefício do modelo da Jeep. O Renegade 1.3 Turbo T270 4×2 vem com seis airbags, freio de estacionamento eletrônico, monitoramento da pressão dos pneus, ajuste de altura e profundidade do volante e freios a disco nas quatro rodas. Nada mal para uma configuração de entrada.

Este é um dos grandes trunfos da família Renegade. O rodar com o SUV é extremamente agradável e confortável tanto para condutor quanto para os ocupantes. É um utilitário esportivo que tem equilíbrio ideal entre bom comportamento em ambiente urbano, ciclo rodoviário e terrenos acidentados.

Isso porque a suspensão tem acerto que garante boa dirigibilidade justamente em decorrência da absorção das imperfeições do solo. Claro que não tem como a gente evitar rolagem da carroceria em demasia. Mas nada, porém, que seja um problema caso você dirija com a recomendada prudência. E, obviamente, o motorista sempre tem de ser prudente.

O redator, recentemente, guiou o Citroën Basalt. Pouco antes havia testado o Renegade 1.3 T270 4×2. Escreverei aqui sobre as distinções entre os modelos, mas, antes disso, é muito importante frisar: o Jeep tem posição de dirigir muito melhor.

O Renegade nos mostra porque impera por uma década no quesito de utilitário esportivo que, mesmo sem ter afeição tão grande ao off-road, agrada. A posição é ideal para quem gosta de um veículo do segmento: mais alta do que em hatches ou sedãs.

Essa aqui pode arrancar opiniões algo polêmicas de quem discordar do redator do texto. O que, já adianto, é muito justo. E lhes explico o motivo já: não é todo modelo comercializado acima dos R$ 100 mil (algo que não é tão difícil em nosso país na atualidade) que já vem com freio de estacionamento eletrônico.

O Renegade oferece o item logo de cara, em sua versão de entrada. Desse modo, com tal conveniência, o Jeep garante ao condutor maior conforto, já que não há necessidade de apelar para uma alavanca a fim de travá-lo. Além disso, há mais espaço no console central.

O espaço interno do Jeep Renegade sempre foi seu calcanhar de Aquiles. Aqui, na versão de entrada, não foge à regra. Embora garanta ao condutor e mais três passageiros vida relativamente agradável a bordo, o SUV não faz milagres com seus 2,57 metros de entre-eixos (mesma medida de um Volkswagen Polo).

Nem mesmo pessoas de estatura mais baixa (como o redator, do alto de seus 1,70 m), viajam tão confortavelmente assim no modelo. Há melhores opções no segmento.

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Já faz praticamente uma década que este é outro ponto negativo do modelo da Jeep (embora tenha melhorado, de leve, anos atrás). O porta-malas do Renegade 1.3 T270 4×2 tem capacidade para apenas 320 litros e, como já estamos cansados de escrever, é menor que o de modelos como Hyundai Creta e Nissan Kicks.

Ainda que a ficha divulgada pela Jeep aponte 385 litros, é preciso dizer que a Stellantis, dona da marca norte-americana, mudou o método de medição dos compartimentos na divulgação para a imprensa.

Calma. Sua mente não bugou. Sim, escrevi acima que o modelo tem um custo-benefício interessante para o segmento. No entanto, o problema é o excesso de simplicidade do pacote e a infinidade de opcionais e acessórios oferecida pela Jeep para o seu SUV mais barato.

São muitos os opcionais que a marca oferece para o Renegade de entrada. Central multimídia, sensor de estacionamento, assistentes à condução e até mesmo tampa do porta-malas. Caso queira, o cliente tem de pagar por tudo isso. Aí, não é difícil ver o preço chegar na casa dos R$ 150 mil, valor já suficiente para comprar a versão seguinte, Sport, de R$ 152.990.

O Jeep Renegade, infelizmente, não consegue mais esconder as rugas. O clássico formato de caixote e as sete barras da grade ainda têm sua harmonia e seu charme, bem como os faróis arredondados e as lanternas quadradas. É um visual que evidencia robustez e passa longe de fazer feio. Longe mesmo. No entanto, o Avenger está aí, batendo à porta.

O problema é que, além do que já comentamos, a plataforma Small Wide já demonstra claramente as limitações da idade do projeto. Sua dinâmica poderia ser muito melhor se tivesse arquitetura mais moderna, que o deixasse mais leve.

Fechamos nossa lista com o consumo. Em tempos de gasolina e etanol a preços elevados, é sempre bom buscar alternativa mais eficiente. Algo que o Jeep Renegade, definitivamente, não é. Aliás, o SUV sempre teve fama de beberrão, mesmo com a troca do motor 1.8 aspirado pelo 1.3 turbo.

Isso porque faz, pelo menos dentro dos preceitos do Proconve L7, 11 km/l com gasolina e 7,7 km/l com etanol na cidade e 12,8 km/l (gasolina) e 9,1 km/l (etanol) na estrada. Nada de excepcional, mas também nada digno de críticas pesadas.

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Fonte: direitonews

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