Jaraguá do Sul recebe 1º seminário da Apae sobre autismo e inclusão social


A Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência, em parceria com a prefeitura e a Apae de Jaraguá do Sul, promove nesta sexta-feira (25) a primeira edição do Seminário Autismo e a Inclusão Social. A proposta do evento, que acontece no Centro Empresarial de Jaraguá do Sul (Cejas), é difundir informações sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA) e debater formas de tornar a sociedade mais inclusiva às pessoas com esta condição.

Na abertura, o deputado Dr. Vicente Caropreso (PSDB) comemorou a participação do público nos eventos promovidos pela comissão, a qual preside. Para ele, o fato demonstra a demanda da sociedade por informações sobre temas ligados às deficiências. “Por meio desse tipo de ação, desse braço estendido para a população, sobretudo na área da educação especial, a comissão vai se notabilizando. E não é à toa que somos a comissão da Assembleia que mais reúne gente. Isso demonstra como as pessoas estão ávidas por informações de alta qualidade.

Já o deputado Antídio Lunelli (MDB) apontou a importância do seminário diante do crescente número de diagnósticos de autismo. “Nós temos uma pesquisa que aponta que hoje cerca 5% das pessoas possuem este tipo de deficiência. Então é um momento importante, um assunto que cabe à discussão, que cabe a nós organizarmos melhor, porque é um problema que vem aumentando muito.”

Inclusão social
Entre as atividades programadas para o seminário estão palestras com pessoas com TEA e especialistas em educação especial, como a psicóloga Ana Carolina Wolf Mota, que falou sobre autismo, inclusão e anticapacitismo.

Na ocasião, a profissional destacou a importância de se difundir na sociedade o conceito de “neurodiversidades”, ou seja, de que não há mentes iguais, mas sim uma variedade de condições e que toda pessoa é digna de respeito.  “Não tem mais essa de só quem precisa se preocupar com o autismo é quem tem autista na família. Os autistas estão em todos os lugares, como deve mesmo ser, e a gente precisa ter uma mudança na compreensão social, para que pela via da educação, da conscientização, as pessoas consigam realmente desconstruir os seus capacitismos internos, essa forma de preconceito que ainda é tão presente na nossa sociedade.”

Sabrina Adani Schappo, que atua na diretoria da Apae de Jaraguá do Sul, afirmou que o tema autismo ainda apresenta uma série de lacunas para os profissionais que lidam no atendimento da pessoa com deficiência. Para ela, a compreensão de que cada autista apresenta uma condição específica, auxilia no atendimento das suas necessidades e em um melhor desenvolvimento das suas capacidades.

“Cada autista é um ser único, que a gente precisa aprender a conhecer, algo que é um desafio para nós. E dentro da Apae de Jaraguá do Sul nós estamos ampliando cada vez mais e mais o atendimento ao autista, trazendo essa capacitação e esse conhecimento para os nossos técnicos, para que a gente consiga evoluir em uma forma de tratamento cada vez mais adequada.”

Alexandre Back
Agência AL

Fonte: alesc.sc.gov

Anteriores Agressor é preso em flagrante pela Polícia Civil após tentativa de feminicídio no interior do estado
Próxima Projeto de isenção de IPTU na região da Cracolândia passará por nova Audiência Pública na Câmara