Japão, EUA e Austrália estabelecem mecanismo de defesa conjunto, anuncia MD japonês


No domingo (17), o secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, o ministro da Defesa da Austrália, Richard Marles, e Nakatani mantiveram conversações sobre, entre outras coisas, a cooperação em exercícios, operações, tecnologia e setor de defesa, segundo foi relatado previamente pelo ministério militar australiano.
O ministro japonês disse que fez uma proposta para a criação de um mecanismo de defesa entre os três países e recebeu a resposta positiva deles.
O mecanismo inclui:

Reuniões ministeriais regulares para determinar a direção da cooperação;

Apoio e acompanhamento por grupos de trabalho nos níveis de medidas e gerenciamento;

Reações a situações de emergência na região e realização de exercícios de equipe conjuntos.

Segundo o ministro, por meio dessas atividades o mecanismo tem o objetivo de aumentar o nível de cooperação em defesa entre o Japão, os EUA e a Austrália.
Navio de escolta da Força Marítima de Autodefesa do Japão Kurama, à esquerda, navega atrás do destróier Yudachi, com uma bandeira do Sol Nascente, durante uma revisão da frota nas águas da baía de Sagami, ao sul de Tóquio, 14 de outubro de 2012. - Sputnik Brasil, 1920, 27.09.2024

Além disso, Nakatani disse que foi discutida a participação do Japão de exercícios anfíbios como parte da iniciativa dos EUA na Austrália para reorganizar suas Forças Armadas.
Richard Marles anunciou que o Japão vai começar a enviar regularmente para a Austrália a Brigada Anfíbia de Colocação Rápida, uma unidade de elite da Força de Autodefesa japonesa.
Os dois lados também concordaram em discutir o compartilhamento de informações sobre a arquitetura de defesa contra mísseis aéreos em rede para combater as ameaças de mísseis.
Da esquerda à direita, Anthony Albanese, primeiro-ministro da Austrália, Joe Biden, presidente dos EUA, e Rishi Sunak, primeiro-ministro do Reino Unido, fazem entrevista coletiva no âmbito do pacto de segurança AUKUS, na base naval de Point Loma, em San Diego, Califórnia, EUA, 13 de março de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 15.11.2024

Durante a reunião, o chefe do Pentágono Lloyd Austin anunciou que o pacto militar AUKUS, assinado pela Austrália, Reino Unido e Estados Unidos em 15 de setembro de 2021, vai “sobreviver” à mudança de presidente nos EUA assim como sobreviveu anteriormente às mudanças de governos na Austrália e no Reino Unido.
No quadro do AUKUS, anunciado como uma ferramenta de oposição contra a China na Ásia-Pacífico, os EUA planejam entregar três submarinos de propulsão nuclear da classe Virginia, capazes de lançar mísseis nucleares, para a Austrália na década de 2030, com a possibilidade de aumentar o lote para cinco.
© Foto / Marinha dos EUASubmarino norte-americano da classe Virginia SSN 774 USS (foto de arquivo)

Submarino norte-americano da classe Virginia SSN 774 USS (foto de arquivo) - Sputnik Brasil, 1920, 17.11.2024

Submarino norte-americano da classe Virginia SSN 774 USS (foto de arquivo)
Neste contexto, Austin assegurou que Washington poderá fornecer a Camberra submarinos nucleares da classe Virginia, apesar dos relatos de uma crise na implementação dos programas de construção.
Anteriormente, os Estados Unidos enfrentaram uma crise na implementação de programas para a construção de submarinos nucleares das classes Columbia e Virginia devido a atrasos no cronograma, excedentes significativos de custos, escassez de especialistas e outros problemas, conforme informações da mídia.
© Foto / Domínio público / Marinha dos EUA Ilustração do futuro submarino porta-mísseis da classe Columbia

Ilustração do futuro submarino porta-mísseis da classe Columbia - Sputnik Brasil, 1920, 17.11.2024

Ilustração do futuro submarino porta-mísseis da classe Columbia
Em particular, foi relatado que a Marinha dos EUA vai ter que gastar US$ 17 bilhões (R$ 98,5 bilhões) a mais nos próximos seis anos para construir os submarinos.
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Fonte: sputniknewsbrasil

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