Anunciado pelo governo brasileiro no fim de 2023, o desejo brasileiro de aderir ao grupo da OPEP+ encontra barreiras em Brasília, pelo menos para este ano.
A iniciativa é levada a frente principalmente pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD). No entanto, tanto o Itamaraty quanto o Ministério do Meio Ambiente se mostram reticentes em apoiar a decisão.
Conforme apurou o Poder360, a avaliação da diplomacia brasileira é que aderir neste ano, no qual o Brasil sedia o evento global de política ambiental COP30, pode comprometer a imagem brasileira.
A adesão ao grupo de países associados à Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) viria com o objetivo de participar das reuniões do grupo.
Segundo o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ao fazer parte do agrupamento, o Brasil poderia pressionar por políticas de transição energética como a produção de biocombustíveis, setor em que o país é um dos líderes globais.
O mesmo embate ocorre no governo em outro campo: a exploração da Margem Equatorial. Tanto o Ministério das Relações Exteriores quando a pasta liderada por Marina Silva (Sustentabilidade) são contrários a liberação para pesquisas na foz do Amazonas, enquanto o MME quer avançar o projeto.
Neste tema, no entanto, o presidente Lula tem se mostrado mais vocal, classificando que o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) está agindo “contra o governo” ao negar pesquisas de viabilidade econômica na região.
Fonte: sputniknewsbrasil