Israel diz que se ONU reclamasse menos, mais ajuda chegaria a Gaza; Brasil envia 150 filtros de água


Durante a visita do presidente do Senado francês, Gérard Larcher, nesta quinta-feira (21), a Tel Aviv, o presidente israelense, Isaac Herzog, reiterou a posição de seu governo de que a chegada de ajuda humanitária à Faixa de Gaza não acontece por má administração da Organização das Nações Unidas (ONU).

“Infelizmente, devido ao fracasso total da ONU no seu trabalho com outros parceiros na região, eles não conseguiram trazer mais de 125 caminhões [de ajuda] por dia. Hoje é possível fornecer três vezes mais ajuda humanitária a Gaza se a ONU, em vez de reclamar o dia todo, fizesse o seu trabalho”, disse o presidente ao senador, segundo o jornal The Times of Israel.

Israel disse que tem inspecionado centenas de caminhões por dia nas travessias de Kerem Shalom e Nitzana, e, posteriormente, muitos dos veículos permanecem fora de Gaza.
A ONU e o Egito argumentaram que a campanha militar das Forças de Defesa de Israel (FDI) tornou demasiado perigoso o fornecimento regular de ajuda dentro e através de Gaza, uma vez que os bombardeios são indiscriminados, tendo já matado mais de 20 mil pessoas, de acordo com o Ministério da Saúde palestino.
Não é a primeira vez que o governo israelense ataca as Nações Unidas recentemente. Em outubro, algumas semanas após o começo do conflito, o embaixador de Israel na ONU, Gilad Erdan, pediu a demissão do secretário-geral, António Guterres, após o discurso deste na abertura de uma reunião do Conselho de Segurança, conforme noticiado.
Bandeira de Israel em Jerusalém (imagem referencial) - Sputnik Brasil, 1920, 25.10.2023

A diretora-executiva do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF, na sigla em inglês), Catherine Russell, afirmou que as crianças e os adolescentes obrigados a se deslocarem no sul da Faixa de Gaza têm acesso a apenas 1,5 litro a 2 litros de água por dia, quantidade muito abaixo da recomendada para a sobrevivência.

“Estamos fazendo tudo o que podemos para atender às necessidades da população de Gaza, mas […] os constantes bombardeios, com as restrições de materiais e combustível permitidos no território, estão impedindo progressos críticos. Precisamos urgentemente desses suprimentos para reparar sistemas de água danificados”, disse Russell na terça-feira (19).

Também nesta quinta-feira, o governo brasileiro anunciou 150 purificadores de água com painéis solares a serem doados à Faixa de Gaza. Essa é a quarta contribuição humanitária ao enclave desde o início do conflito.
Ao todo, cada equipamento enviado tem capacidade de purificar até 5 mil litros de água por dia, segundo o jornal O Globo. Materiais de reposição suficientes para o funcionamento desses itens por até um ano também foram enviados, segundo a mídia.
Fumaça sobe após bombardeio israelense em Rafah, no sul da Faixa de Gaza, 20 de dezembro de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 21.12.2023

Fonte: sputniknewsbrasil

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