Em uma entrevista no domingo (30) à NBC News, Trump ameaçou o Irã com “bombardeios como nunca vistos antes” se o acordo entre Washington e Teerã sobre o programa nuclear iraniano fracassar.
O presidente iraniano, Masoud Pezeshkian, disse que Teerã respondeu em uma carta a Trump que não manteria negociações diretas com Washington, mas trataria da questão pela mediação de terceiros.
“Tais declarações imprudentes e beligerantes constituem uma violação flagrante do direito internacional e dos princípios fundamentais da Carta das Nações Unidas, particularmente o artigo 2, que proíbe explicitamente a ameaça ou o uso da força contra a integridade territorial ou a independência política de qualquer Estado. É profundamente lamentável e preocupante que os Estados Unidos, um membro permanente do Conselho de Segurança da ONU, ignore descaradamente suas obrigações sobre a Carta da ONU e exerça o poder militar como sua principal ferramenta de coerção para promover seus objetivos políticos e geopolíticos”, disse Iravani em uma carta ao secretário-geral da ONU, António Guterres, obtida pela Sputnik.
O Irã pede ao Conselho de Segurança da ONU que condene as ameaças de Trump e exija que Washington cumpra suas obrigações legais de acordo com o direito internacional e a Carta da ONU, acrescentou o embaixador.
“A República Islâmica do Irã continua firmemente comprometida com a paz, a estabilidade e a segurança regionais e não tem interesse em conflito ou escalada. No entanto, ela adverte fortemente contra qualquer aventureirismo militar e responderá rápida e decisivamente a qualquer ato de agressão ou ataque dos Estados Unidos ou seu representante, o regime israelense, contra sua soberania, integridade territorial ou interesses nacionais”, advertiu Iravani.
Fonte: sputniknewsbrasil