Segundo Shamkhani, Teerã já pode eliminar seus estoques de urânio altamente enriquecido. Em troca, os Estados Unidos teriam que pôr fim a todas as sanções econômicas contra o país.
Além disso, o Irã se comprometeria a nunca produzir armas nucleares, concordaria em enriquecer urânio apenas aos níveis baixos necessários para o uso civil e permitiria que inspetores internacionais monitorassem o processo.
Questionado pela equipe da NBC sobre se o Irã assinaria o acordo acordo agora, Shamkhani respondeu que sim.
Mais cedo, o presidente norte-americano, Donald Trump, ameaçou levar Teerã à falência com a proibição de exportações de petróleo iraniano. Em resposta, o presidente iraniano, Masoud Pezeshkian, rebateu, afirmando que a dignidade do país não está sob negociação.
O Irã e os Estados Unidos abriram uma quarta rodada de negociações em Mascate, Omã, no último domingo (11), sob mediação de diplomatas omanis. A primeira e a terceira rodadas também foram realizadas na capital árabe, nos dias 12 e 26 de abril, respectivamente. Já a segunda foi feita em Roma, Itália, no dia 19 de abril.
Histórico
As negociações começaram depois que Trump enviou uma carta a Ali Khamenei, no início de março, propondo um novo acordo sobre o programa nuclear da república islâmica e ameaçando-o com força militar caso os esforços diplomáticos fracassassem. O Irã concordou com um diálogo indireto.
Em 2015, o Irã já havia assinado um acordo nuclear com China, França, Rússia, Reino Unido, EUA, Alemanha e União Europeia (UE). Nele, Teerã veria um alívio nas sanções em troca da desaceleração de seu programa nuclear.
Em 2018, na primeira presidência de Donald Trump, os Estados Unidos reimpuseram sanções a Teerã. Em resposta, o Irã abandonou alguns dos seus compromissos e retomou a pesquisa nuclear e o enriquecimento de urânio em altas porcentagens.
Fonte: sputniknewsbrasil