O incidente, que matou pelo menos seis pessoas, foi repudiado pelo porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã, Nasser Kanaani, que expressou “solidariedade ao governo russo e às famílias dos dois diplomatas” em Cabul, bem como “às famílias de outros afegãos mortos como resultado desse ato de terror“.
Ele também pediu às autoridades afegãs que tomem medidas mais sérias para garantir a segurança das embaixadas estrangeiras e missões diplomáticas no Afeganistão, escreve a agência Tasnim.
Entre os mortos no ataque estão dois funcionários da embaixada, disse o Ministério das Relações Exteriores da Rússia, acrescentando que um “militante desconhecido” detonou um dispositivo explosivo perto da entrada da missão diplomática na manhã de ontem (5).
Os outros quatro mortos eram civis afegãos, disse Khalid Zadran, um porta-voz da polícia de Cabul.
A polícia disse que o agressor foi morto a tiros por guardas armados quando se aproximava do portão da embaixada, na área de Darul Aman, no sudoeste de Cabul.
O grupo terrorista Daesh (organização terrorista proibida na Rússia e em vários outros países) reivindicou a responsabilidade pelo ataque nesta segunda-feira (5).
Um combatente da organização “explodiu seu colete suicida em uma reunião com a presença de funcionários russos” perto da embaixada, disse o grupo em comunicado em suas redes.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Afeganistão, Abdul Qahar Balkhi, nomeado pelo Talibã (organização sob sanções da ONU por atividade terrorista), espera que o ataque terrorista não afete as relações Cabul–Moscou.
Os ataques terroristas permanecem uma ameaça para as pessoas em Cabul: no mês passado, uma grande explosão aconteceu em uma mesquita no norte da cidade, matando ao menos 21 e ferindo mais 33.
O Afeganistão está sob controle do movimento Talibã desde agosto de 2021. No entanto o Daesh segue realizando ataques contra civis e policiais em todo o país.